Apresentado enquanto nova solução de mobilidade multifacetada, capaz de ostentar três tipos diferentes de propulsão – eléctrica, híbrida e híbrida plug-in –, o Hyundai Ioniq não deixa de procurar a afirmação também em terrenos à partida menos expectáveis, como é o caso da velocidade. Como acaba de acontecer no mundialmente famoso deserto de sal de Bonneville Salt Flats, no Utah, EUA, onde uma unidade especialmente preparada do Ioniq acaba de bater o recorde mundial de velocidade para veículos híbridos.

A potência do motor a gasolina foi incrementada com uma solução muito americana, que consiste em injectar óxido nitroso nos colectores de admissão, não tendo a marca revelado qual a potência que o motor 1.6 GDI passou a atingir após a transformação, ele que de origem se fica pelos 105 cv. A Hyundai também não informou se a unidade eléctrica era a de origem, que em condições normais fornece apenas 44 cv, ou se a bateria que alimenta este motor sofreu alterações, sendo pouco expectável que a capacidade que apresenta na versão de série, de somente 1,6 kWh, tenha contribuído de alguma forma para a obtenção do recorde.

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A par desta especificidade, a unidade encarregue de bater o recorde envergava ainda um sistema de escape específico, a par de motor, transmissão e sistema híbrido especificamente configurados para este desafio.

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Visando a redução do peso, foram retirados do automóvel todos os componentes considerados desnecessários, como é o caso dos interiores, sistema de ar condicionado e todo o tipo de acessórios, ao mesmo tempo que os engenheiros fizeram alterações tanto na parte inferior do carro, como em termos de soluções aerodinâmicas. Nomeadamente, a inclusão da mesma grelha frontal e entradas de ar menos resistentes à passagem do vento já utilizadas na variante 100% eléctrica do Ioniq.

Incluídos foram também uma gaiola de segurança da Bisimoto, um banco de competição com cinto de segurança de seis pontos da Sparco, assim como um sistema anti-fogo com desconexão automática da bateria e pára-quedas de travagem.

Com todos estes argumentos, a Hyundai conseguiu que o protótipo híbrido Ioniq recebesse aprovação da Federação Internacional do Automóvel enquanto “veículo híbrido baseado num modelo de produção” capaz de atingir uma velocidade recorde de 254 km/h. A par de uma velocidade de ponta momentânea de 258,6 km/h.