Luís Montenegro, presidente da bancada parlamentar do PSD, diz que “todos aqueles que acham que têm condições para poder apresentar uma candidatura à liderança do partido, antes ou depois das eleições autárquicas, devem chegar-se à frente, devem dizer o que é que pensam para o PSD e para o país e assumir essa responsabilidade”.

Em entrevista à TSF/Diário de Notícias, o responsável diz que encara as notícias que apontam para uma candidatura de Rui Rio à liderança do PSD “com muita naturalidade”.

“Um partido aberto, plural, como é o PSD, é sempre um partido onde as personalidades que têm mais destaque podem ser vistas como podendo desenvolver um trabalho de liderança. Isso é algo natural. Mas essa questão não está aberta no PSD, é mediatizada mas não está aberta. Nem o dr. Rui Rio nunca fez pública qualquer intenção nesse sentido”.

Sobre as eleições autárquicas, Montenegro não excluiu que Santana Lopes possa vir a candidatar-se pelo PSD mas há outras opções, designadamente Maria Luís Albuquerque, ex-ministra das Finanças.

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“É verdade e é conhecido que o PSD tem uma expectativa de que o dr. Pedro Santana Lopes seria um excelente candidato à Câmara Municipal de Lisboa, não vou ser eu agora a desmentir uma coisa que é pública”. Montenegro diz, questionado sobre se a hipótese Santana Lopes está afastada: “creio que não”. Quanto a Maria Luís Albuquerque, diz que “é mais uma das personalidades que no PSD têm condições para protagonizar candidaturas a muitos cargos e não excluo esse, em particular, também”.

Luís Montenegro acrescenta, também, que o processo em torno da Caixa Geral de Depósitos (CGD) é um processo que está “à deriva”.

“O país continua sem saber, exatamente, as necessidades de recapitalização da CGD, o destino do capital, nós andamos há mais de meio ano a receber notícias às pinguinhas sobre a capitalização da Caixa e, agora, até temos esta circunstância de ter uma administração à deriva relativamente à sua colocação como gestora da operação da CGD”.

Montenegro diz que o PSD não contrataria um gestor como António Domingues para a Caixa — “a este preço, não”. Por uma “questão de transparência”, Domingues deve apresentar a declaração de rendimentos.