Certa de 100 profissionais de empresas de diversão tentaram forçar, esta manhã, a entrada no edifício do Ministério das Finanças para “assinar o livro de reclamações”. A PSP acabou por utilizar bastões e gás pimenta para os travar. Os profissionais rumaram entretanto para o Ministério da Economia, onde ainda se encontram.

O protesto começou pelas 8h00, junto ao Ministério das Finanças, com os profissionais vestidos com t-shirts brancas a dizer “Somos Cultura” nas costas e a empunharem cartazes nos quais se podiam ler frases como “Governo e deputados tenham vergonha“, “Basta. Não fizeram nada” e “Presidente amigo, queremos falar consigo“. E os ânimos exaltaram-se.

Este é o primeiro de três dias de protesto em nome da “sustentabilidade da atividade”, para voltarem a ter alvarás da cultura que lhes permite descer o IVA de 23% para 13%, e terminará com uma vigília no Palácio de Belém, onde os manifestantes chegaram pelas 18h30.

Apelo a que os empresários não desistam. É preciso ter esperança e lutar. Estamos há três anos à espera de uma resposta. Aqui luta-se pela sobrevivência. Eles [empresários] estão em silêncio e, como tal, não sei quantos são aqueles que se vão concentrar”, disse à agência Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED), Luís Paulo Fernandes.

Desde 2013 que estes empresários lutam pela aplicação da resolução 80/2013, aprovada por todos os partidos políticos no parlamento e publicada em Diário da República. O documento “recomenda ao Governo o estudo e a tomada de medidas específicas de apoio à sustentabilidade e valorização da atividade das empresas itinerantes de diversão”. As manifestações começam terça-feira e prolongam-se por quarta e quinta-feira frente aos ministérios das Finanças, da Economia e da Cultura, ao Palácio de Belém, à Presidência do Conselho

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Os membros da APED pretendem, ainda, realizar desfiles nestes dias nas avenidas Infante D. Henrique e de Brasília, Belém, avenidas Infante Santo e Álvares Cabral, Rotunda Marques de Pombal e Segunda Circular.

O presidente da APED acusou o Governo de falta de diálogo para resolver os problemas do setor. “Não somos só um país de Web Summit. Não somos um país de start ups. Somos um país start out” e lamentou a “falta de colaboração dos oficiais do Ministério da Administração Interna”.

Nem sequer me informaram onde me posso dirigir para pedir para ser ouvido pelo Presidente”, disse Luís Paulo Fernandes.