Na semana em que se assinala um ano desde que o governo do PS, apoiado pelo BE, PCP e PEV, tomou posse, é divulgada uma sondagem do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica que não podia ser mais favorável aos socialistas: se as eleições fossem hoje o PS de António Costa teria 43% dos votos, ficando muito perto da maioria absoluta e podendo dar-se ao luxo de dispensar os partidos que o apoiam no Parlamento. O PSD, que há um ano, quando estava coligado com o CDS, tinha 41% das intenções de voto, fica-se agora pelos 30% — ou 36%, se juntarmos os 6% atribuídos aos democratas-cristãos.

É uma subida acentuada para os socialistas. Há um ano, uma sondagem realizada pelo mesmo centro de estudos da Universidade Católica punha o PS no patamar dos 34%, o que representa uma subida de nove pontos percentuais face ao inquérito realizado em dezembro de 2015, apenas três meses depois das eleições, e uma subida ainda maior face ao resultado efetivo que os socialistas tiveram nas urnas: 32%. Em sentido contrário estão os sociais-democratas, que nas urnas (coligados com o CDS) obtiveram 36,8% dos votos, na sondagem da Universidade Católica de dezembro tiveram 41% das intenções de voto, e agora ficam-se pelos 30%.

Já o CDS de Assunção Cristas, que tomou posse em março e ainda não foi a eleições enquanto líder do partido, fica-se pelos 6% das intenções de voto, o que faz com que a antiga coligação de direita PSD/CDS obtenha agora 36% das intenções de voto, de acordo com a mesma sondagem.

À esquerda, o BE desce dos 11% das intenções de voto que tinha registado no último barómetro, há um ano, para 8%; enquanto o PCP (com os Verdes) desce de 7% para 6%. O PAN mantém os 2%.

À pergunta “que nota dá, de 0 a 20, à forma como cada político tem atuado desde as legislativas”, os inquiridos deram média positiva a todos menos a Pedro Passos Coelho (8,9) e ao líder do PAN, André Silva (7,1). Os restantes tiveram todos notas positivas, com António Costa a liderar no terreno dos líderes partidários, com uma média de 12,3, e com Marcelo Rebelo de Sousa a bater recordes de popularidade, com uma média de 16,3. Catarina Martins (BE) tem média de 11,6, Jerónimo de Sousa (PCP) fica-se pelos 10,5, e Assunção Cristas (CDS) pelos 10,1.

A sondagem, realizada para o DN/JN e RTP/Antena 1, foi feita entre os dias 19 e 22 de novembro, tendo por base 977 inquéritos considerados válidos.

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