Bill Schuette, procurador-geral do Michigan e apoiante de Donald Trump, interpôs uma ação judicial que visa impedir a recontagem dos votos da eleição de 8 de novembro nos estados da Pensilvânia, Wisconsin e Michigan. O processo de recontagem está a ser requerido por Jill Stein, candidata do Partido Verde.

“Este tribunal não pode permitir um pedido dilatório e frívolo de uma recontagem por uma parte prejudicada de modo a silenciar todos os votos do Michigan”, afirmou o procurador e militante republicano, na ação judicial apresentada no seu Estado. A ação visa interromper imediatamente a recontagem dos votos, iniciada em 72 municípios do Michigan.

Aliás, os advogados do presidente eleito recomendaram mesmo ao conselho de fiscalização que está à frente deste processo, que não deveria permitir que se procedesse a uma recontagem, descrevendo-a como “desnecessária, muito cara e não exigida pela lei do Michigan”.

Também na Pensilvânia e Wisconsin, os apoiantes de Trump procuram interromper os processos legais levados a cabo pela líder do Partido Verde, Jill Stein.

Lawrence J. Tabas, conselheiro-geral do Partido Republicano da Pensilvânia, salientou, entretanto, que o Partido Verde não tinha demonstrado que havia uma fraude ou ação ilegal nas eleições de 8 de novembro.

Em resposta, o Partido Verde destacou que a campanha de Donald Trump está a fazer uma “tentativa desesperada” para evitar a recontagem.

Jill Stein afirmou: “Numa eleição já manchada pela suspeita, verificar a votação é um procedimento de senso comum. As tentativas desesperadas de silenciar as demandas dos eleitores levantam uma pergunta simples: porque é que Donald Trump tem medo dessas recontagens?“, questionou.

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