O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) deverá votar, esta sexta-feira, o texto que exige a Israel o fim de toda a atividade de colonatos nos territórios palestinianos, após o adiamento da primeira votação do projeto de resolução. A Nova Zelândia, a Malásia, o Senegal e a Venezuela decidiram submeter o texto depois do Egito, sob pressão do Presidente eleito norte-americano, Donald Trump, ter aceitado um adiamento da votação na quinta-feira, segundo fontes diplomáticas.

“Muito provavelmente, teremos uma votação em breve”, disse o embaixador francês, François Delattre, aos jornalistas. O Egito pediu na quinta-feira um adiamento da votação, um dia após ter apresentado o texto ao Conselho de Segurança. O projeto de resolução apresentado pelo Egito provocou protestos de Israel, que pediu o veto do texto aos Estados Unidos.

No entanto, os israelitas pediram ao Presidente eleito norte-americano, Donald Trump, para intervir, depois de saberem que o Governo do Presidente Barack Obama não vetaria a resolução. O projeto de resolução exige que “Israel cesse imediatamente e completamente todas as atividades de colonização (os colonatos) no território palestiniano ocupado, incluindo Jerusalém Oriental”.

Historicamente, os Estados Unidos têm exercido o seu direito de veto em relação a propostas de resolução que visam condenar Israel por causa da sua política para com os territórios palestinianos. No entanto, os meios diplomáticos davam conta que essa posição poderia mudar no caso desta resolução apresentada pelo Egito. Um funcionário governamental israelita acusou, esta sexta-feira, o Presidente Barack Obama de conluio com os palestinianos.

O Presidente Obama e o secretário (de Estado, John) Kerry estão por trás desse vergonhoso movimento contra Israel nas Nações Unidas”, disse o funcionário israelita, acrescentando que os Estados Unidos prepararam esta resolução pelas costas de Israel.

O mesmo funcionário considerou que os Estados Unidos abandonaram Israel e quebraram uma política de décadas de defesa de Israel na ONU. As Nações Unidas afirmam que os colonatos são ilegais, mas autoridades da ONU relataram um aumento na construção nos últimos meses. Estes colonatos nos territórios palestinianos são considerados como um grande obstáculo à paz entre Israel e Palestina, assim como na região.

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