Parece que Super Mario Run foi apenas o início da empresa japonesa no mundo mobile. Segundo o The Verge, numa entrevista entre Tatsumi Kimishima, presidente da Nintendo, e a Kyoto NP, uma empresa de media japonesa, o responsável pela Nintendo planeia lançar dois a três jogos para smartphones por ano, a começar já em 2017 com Fire Emblem, Animal Crossing e a versão Android de Super Mario Run.

Super Mario Run foi um sucesso de downloads na App Store, conseguindo mais de 40 milhões de descargas em quatro dias, no entanto foi alvo de muitas críticas por parte dos utilizadores, uma vez que a versão gratuita é muito limitada. “Em vez de fazer o modelo tradicional em que as pessoas têm de gastar pequenas quantias, a Nintendo adotou o modelo similar ao mercado de consolas, em que o utilizador paga uma única vez e tem acesso ao jogo completo”, esclarece Jorge Vieira, relações publicas da Nintendo Portugal, em entrevista ao Observador.

Apesar das criticas que o jogo recebeu, Jorge Vieira afirma que “as pessoas são livres de expressar a sua opinião, mas temos de ter em consideração que a Nintendo, desde a fase de lançamento, sempre comunicou que o jogo seria lançado como free to start – ser gratuito traduz-se num teste para experimentar”, acrescentando ainda que a empresa não planeia alterar o modelo de negócio para este jogo em concreto, mas que vai adicionar melhorias e novas funcionalidades.

Quanto aos novos lançamentos para 2017 ainda não se sabe se vão seguir o mesmo modelo de negócio, mas será uma oportunidade para as pessoas experimentarem os já conhecidos Fire Emblem e Animal Cross disponíveis para consolas da marca japonesa, que planeia criar uma espécie de ecossistema Nintendo, que vai funcionar através da conta pessoal de cada jogador, integrando-se também com a Nintendo Switch.

Este ecossistema que a marca pretende implementar será diferente daquele apresentado pela Microsoft no evento de Natal que decorreu em setembro – em que o jogador poderia iniciar o jogo na consola e continuar no computador sem interrupções – uma vez que não irá funcionar unicamente através da cloud mas sim numa mistura da utilização da conta pessoal Nintendo com a Nintendo Switch, que permite ser uma consola doméstica e também uma consola portátil.

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