Dilma Rousseff diz que impedir Lula da Silva de se candidatar à presidência em 2018 seria “o segundo golpe depois do impeachment“. Em Sevilha a participar num encontro internacional sobre capitalismo, a antiga presidente brasileira disse esta manhã aos jornalistas espanhóis que “será importante para o Brasil que Lula seja candidato”.

“As sondagens mostram que ele seria o primeiro candidato e que ganharia as eleições”, sublinhou ainda Dilma Rousseff, citada pelo El País. Lula da Silva tem até defendido a antecipação das eleições, marcadas para 2018. “Não podemos esperar por 2018”, afirmou esta semana o antigo presidente brasileiro, citado pela Folha de São Paulo.

Dilma continua a afirmar que foi acusada de corrupção por um procurador “sem provas mas com convicção”, e acusa Michel Temer, o atual presidente do Brasil, de ser um “golpista”. E acrescenta ainda: “Perdemos a batalha, mas não podemos perder a democracia”.

A antiga governante falou ainda sobre a morte do juiz Teori Zavascki, relator do caso Lava Jato que morreu na sequência da queda de um avião na semana passada. “Há que investigar a morte e ver do que se tratou”, pediu Dilma Rousseff, recordando que Zavascki “não era perfeito, porque era um ser humano, mas há que reconhecer-lhe as suas melhores qualidades”, designadamente o facto de ser “um excelente jurista, que tinha bastante experiência”, juiz que “não se deixava influenciar”.

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