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Esta foi a reportagem da Fox que 'enganou' Trump. Ou não

Este artigo tem mais de 5 anos

Bem, talvez não tenha sido bem um engano. A reportagem refere de facto terrorismo e violações por parte de refugiados na Suécia. E foi isso que levou o presidente americano a usá-la como exemplo.

Suécia? Atentado? Refugiados? A referência de Donald Trump a um ataque terrorista protagonizado pelos refugiados acolhidos pelo governo sueco dominou as notícias do fim de semana. Houve críticas, graças e muita polémica. E a explicação de Trump: “Vi na Fox“.

Mas afinal, que notícia podia ter dado a estação de televisiva preferida do presidente americano (a única “confiável”, na versão Trump anti-media) sobre um atentado na Suécia que não aconteceu?

Uma primeira hipótese era Trump ter percebido mal e estar em causa o atentado no Paquistão, em Sehwan (não Sweden – Suécia), que matou mais de 80 pessoas.

A outra, mais viável, é uma reportagem emitida pela Fox na sexta à noite. Tudo começa com uma mapa da Europa e um close up sobre a Suécia. Aí conta-se que os suecos receberam 160 mil refugiados em 2016, que se juntaram aos seus 10 milhões de habitantes. Mas, insinua-se, só 500 desses imigrantes conseguiram empregos. “Como não podem trabalhar, cometem crimes”, diz o apresentador. “Bastantes crimes”, reforça. Inclusive violações.

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A justificar a notícia é entrevistado um cineasta que tem documentado a violência dos refugiados acolhidos pelos suecos. São exibidos excertos de entrevistas de Ami Horowitz com suecos que testemunham essa violência e depois é o próprio realizador quem é entrevistado pelo apresentador do programa, Tucker Carlson. Ami fala em “violência armada” e “violações”, mas diz que os suecos sempre sentiram como um dever a política de acolhimentos de imigrantes e que “arranjam desculpas” para perdoar os refugiados. “É estranho” que os suecos mantenham a política de “portas abertas”, insiste o cineasta. “Notável”, contesta o apresentador.

Depois vem a pergunta sobre se o governo sueco está a “manipular as estatísticas”, a que Ami Horowitz responde com exemplos concretos: “Diretos das televisões” de incidentes, “várias violações em festivais de música” que são “encobertos” pelas autoridades. Comentário no estúdio: “Isso é inaceitável!”

A entrevista prossegue no mesmo tom. O realizador garante que os “refugiados vivem lindamente” na Suécia, com “apoios financeiros”, “apoios à educação” e que criaram zonas onde vivem onde “ninguém pode entrar”. “Sítios belíssimos”, com “belos apartamentos”, como “‘tremendous ‘ benefícios” mas onde “os polícias não entram porque é demasiado perigoso”. O apresentador suspira. Ami diz que ninguém diz nada para não ser considerado “racista”, “islamofóbico”, mas garante que há terrorismo na Suécia. Carlson abana a cabeça e termina com um “triste!”.

E Trump? Trump cita.

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