As medidas de apoio aos bancos já custaram ao Estado 7% do PIB, ou cerca de 13.000 milhões de euros, entre 2007 e o ano passado, segundo divulgou esta segunda-feira o Banco de Portugal (BdP).

Numa nota divulgada hoje, o banco central afirma que, “em Portugal, as medidas de apoio ao sistema financeiro realizadas desde 2007 e contabilizadas nos défices dos respetivos anos, tiveram um impacto acumulado que ascendeu a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2016”.

Considerando apenas o ano passado, o impacto destas medidas no défice foi de cerca de 400 milhões de euros, afirma o BdP, explicando que se deveu “essencialmente aos juros pagos relativos às intervenções realizadas em anos anteriores”.

Além disso, o supervisor bancário sublinha que as medidas de apoio representam “aproximadamente 11,3% do PIB na dívida pública de 2016”, que era de 130,4% do PIB.

Num suplemento ao boletim económico do verão de 2016 para o qual o BdP remete, as “principais operações” de ajuda à banca foram, em 2010, a assunção de imparidades do Banco Português de Negócios (BPN) pelas sociedades constituídas pelo Estado para este efeito (com impacto negativo de 1% do PIB), em 2014, a capitalização do Novo Banco (-2,8% do PIB), e, em 2015, a resolução do Banif (-1,4 % do PIB).

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