Os reclusos de uma prisão de baixa segurança na Austrália passaram os últimos sete meses a cuidar de uma cobra pitão que terá ficado viciada em anfetaminas, depois de ter sido exposta a fumos e partículas dentro de um laboratório que a polícia entretanto desmantelou.

O centro de correção de Windsor, em Sidney, tem um programa de ajuda aos reclusos em que eles próprios ajudam na reabilitação de animais selvagens que tenham sido feridos em lutas, maltratados ou resgatados de circos, mas desta vez tiverem que cuidar de uma cobra com quase dois metros que “demonstrava claros sinais de toxicodependência”, disse Ian Mitchell, o supervisor do centro. Segundo o responsável “a pitão estava muito mais agressiva, confusa, e despistada do que o normal”.

Sete meses mais tarde, a cobra “extremamente agressiva” apresenta um comportamento normal e será colocada para adoção assim que os traficantes forem presos. Isto porque não é atípico que os fabricantes e traficantes de drogas na Austrália utilizem as pitão como “cobras de guarda” aos seus laboratórios.

Os 14 presos selecionados para trabalhar neste programa cuidam de mais de 250 animais. Mas os animais “cuidam mais” dos reclusos. O governador da prisão, Ivan Calder, disse que “o que se verifica é que a aproximação dos homens aos animais acaba por ajudar muito os reclusos, torna-os mais calmos, mais humanos”.

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