Vários conselheiros da campanha de Donald Trump, incluindo Michael Flynn, mantiveram contactos com oficiais russos e indivíduos próximos do Kremlin durante os sete meses da campanha presidencial norte-americana, revelou a Reuters, que cita fontes próximas da investigação à influência da Rússia nas eleições de novembro passado.

Ao todo, terão sido trocadas, pelo menos, 18 chamadas e emails, entre abril e novembro de 2016 (as eleições presidenciais aconteceram a 8 de novembro). De acordo com as informações recolhidas pela Reuters, seis desses 18 contactos terão sido estabelecidos entre os conselheiros do atual Presidente dos EUA e o embaixador russo em Washington, Sergei Kislyak.

O ex-conselheiro para a Segurança Nacional Michael Flynn terá sido um dos que manteve conversas recorrentes com Kislyak, principalmente a partir do dia 8 de novembro. Nestas, terá sido discutido a criação de um canal de comunicação direto entre Trump e o Presidente russo, Vladimir Putin, que permitisse passar por cima da burocracia norte-americana. Temas como as sanções impostas à Rússia, a China e o combate ao Estado Islâmico na Síria também terão sido abordados pelos conselheiros de Trump.

Ainda segundo a Reuters, os conselheiros de Trump terão também entrado em contacto com Viktor Medvedchuk, um político ucraniano pró-Rússia que defende o fim da União Europeia.

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