Os trabalhadores da PT Portugal querem ser recebidos pelo primeiro-ministro e pela nova presidente executiva da operadora, Cláudia Goya, até final do mês e admitem novas ações de protesto caso tal não aconteça.

Os Órgãos Representantes dos Trabalhadores (ORT) reuniram-se esta quarta-feira e deliberaram voltar a insistir no pedido de reunião à nova presidente da PT Portugal, que assumiu funções na semana passada.

“Pedimos reunião na segunda-feira e até agora não houve resposta”, pelo que o pedido vai voltar a ser reforçado, explicou à Lusa Jorge Félix, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Portugal Telecom (STPT).

“Esta reunião serviu para analisar os efeitos da greve do dia 21 [de julho]”, que foi um protesto contra a transferência de 118 trabalhadores da PT Portugal para empresas do grupo Altice e da parceira Visabeira.

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Outra das deliberações foi “pedir uma reunião com o primeiro-ministro”, António Costa, acrescentou.

Caso estas reuniões não venham a acontecer até final do mês, os sindicatos admitem “novas formas de luta”.

“Iremos estudar novas ações de luta” caso tal não aconteça, adiantou.

Os sindicatos afetos à PT Portugal e a Comissão de Trabalhadores convocaram no dia 21 uma greve nacional de 24 horas, apontando uma adesão nacional de 70%, enquanto a operadora, detida pelo grupo Altice há dois anos, garantiu que foi de 19%.

Esta foi a primeira greve dos trabalhadores da PT em mais de 10 anos.

O grupo francês, que comprou a PT Portugal por cerca de sete mil milhões de euros, anunciou em 14 de julho que chegou a acordo com a Prisa para a compra, por 440 milhões de euros, da Media Capital SGPS, SA, que detém a TVI, mas o negócio aguarda ainda pareceres da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que é vinculativo, e da Autoridade da Concorrência (AdC).