O papa Francisco visitou esta segunda-feira a agência da ONU para a Alimentação e para a Agricultura (FAO), naquele que é o dia internacional da alimentação, a quem agradeceu os “enormes esforços que faz”. Francisco também inaugurou uma escultura de Aylan Kurdi, o menino sírio que se afogou em 2015 no mar Mediterrânico e que é um símbolo dos refugiados, na sua ida para a Europa.
Durante um discurso perante o plenário, em que estavam presentes vários ministros da Agricultura dos países que integram o grupo das sete maiores economias ocidentais, o G7 (França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Estados Unidos, Canadá e Japão), o papa pediu maiores esforços de forma a garantir a produção de alimentos, a sua distribuição equitativa e o direito à alimentação das pessoas.
“Está em jogo a credibilidade de todo o sistema internacional”, disse Francisco, que apelou à promoção efetiva da paz e o desarmamento dos conflitos que levam à fome de milhares de pessoas.
Relativamente às mudanças climáticas, o papa afirmou que deve lidar-se com a questão através dos instrumentos jurídicos que a comunidade internacional elaborou, inclusive o Acordo de Paris, do qual, considerou, “infelizmente, alguns se estão a afastar”, referindo-se à retirada dos Estados Unidos desse acordo.