Os apoios às empresas afetadas pelos incêndios de 15 de outubro nas regiões Norte e Centro vão estar disponíveis a partir de 06 de novembro, mas os investimentos na reconstrução podem avançar já, anunciou esta quarta-feira o primeiro-ministro.
“É muito importante os empresários saberem que são elegíveis os investimentos feitos desde a data do incêndio. O que significa que não é necessário aguardar pela candidatura, pela sua aprovação”, afirmou António Costa, explicando que os investimentos feitos “neste momento” já são elegíveis.
O chefe do Governo falava aos jornalistas em Coimbra, após uma reunião na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.
Nesta reunião foi apresentado um levantamento provisório dos impactos dos incêndios nas empresas da região.
Além dos apoios ficarem disponíveis a partir de 06 de novembro, a linha de crédito também prevista ficará disponível na semana seguinte, face à necessidade de articulação desse instrumento com o sistema financeiro.
Na reunião na CCDRC, além de vários membros do Governo, estiveram também presentes associações empresariais dos territórios afetados, por forma a garantir que as medidas disponíveis para as empresas cheguem “o mais rapidamente possível” aos empresários, adiantou António Costa.
De acordo com o líder do executivo, as associações empresariais vão desempenhar um papel importante na ajuda com os processos de candidatura aos apoios, sobretudo junto das micro e pequenas empresas.
“Há muitas vezes alguma complexidade na apresentação das candidaturas”, notou António Costa, que referiu ainda: “depois da tragédia, este é o tempo da reconstrução”.
A região, vincou, foi “muito afetada” do ponto de vista económico, tendo considerado que é urgente “que se recupere a dinâmica empresarial, a dinâmica de emprego e a dinâmica da atividade económico porque é condição de tudo o resto”.
A reunião de trabalho em Coimbra contou com a presença da presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, do ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, do ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e do secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza.