Robert Mueller, procurador especial americano, tem notas escritas de Andrew McCabe, antigo diretor adjunto do FBI, que foi despedido a dois dias de poder pedir a reforma (e no dia antes do seu aniversário), em que descreve conversas que tinha com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América.
EUA. Antigo diretor adjunto do FBI despedido a dois dias da reforma
As notas, segundo noticia a CNN, contam também em detalhe conversas que James Comey, antigo diretor da instituição americana teve também com Trump. De acordo com o mesmo meio, estes documentos virão a ser utilizados por Mueller, que lidera uma investigação especial sobre a interferência russa nas eleições americana de 2016.
McCabe, numa entrevista à CNN, revelou que Trump, das três conversas que tiveram por telefone, o criticou sempre por a mulher de McCabe ter perdido as eleições para o senado no estado da Virginia. Na mesma entrevista, o antigo membro do FBI afirmou que Donald Trump lhe perguntou em quem tinha votado na eleições presidenciais quando ocupou o cargo diretor interino do FBI, em janeiro.
“Não percebo qual é a grande preocupação com isso [perguntar o sentido de voto a McCabe]. Mas não me lembro de ter feito essa pergunta”, disse Trump, em janeiro, aquando a polémica.
Na noite de sexta-feira, McCabe reagiu à demissão. “Este ataque à minha credibilidade é parte de um esforço maior não apenas para me caluniar, mas também para manchar o FBI, as autoridades e os profissionais dos serviços de informação”, disse o antigo diretor adjunto em declarações citadas pela CNN.
The Fake News is beside themselves that McCabe was caught, called out and fired. How many hundreds of thousands of dollars was given to wife’s campaign by Crooked H friend, Terry M, who was also under investigation? How many lies? How many leaks? Comey knew it all, and much more!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) March 17, 2018
Num post no Twitter este sábado, Donald Trump critica as “Fake News”, nome que muitas vezes utilizar para apelidar o canal CNN, e diz que Comey sabia das fugas de informação do FBI. Comey afirma que Trump lhe pediu para lhe “jurar fidelidade” e declarar publicamente que o FBI não o estava a investigar.