Cerca de um ano após o início das negociações para a compra da Opel/Vauxhall à General Motors, o CEO da PSA, Carlos Tavares, continua seguro que foi um bom negócio. Isto apesar de ter pago 2,7 mil milhões de dólares por uma empresa que conseguiu perder sempre dinheiro nos últimos 15 anos. Em declarações à Automotive News, o gestor português mostrou-se confiante no futuro da marca alemã/inglesa, agora sob a sua batuta, uma vez integrada na PSA, em companhia da Peugeot, Citroën e DS.

Segundo Tavares, a sua crença no futuro não é loucura, pois já há dados concretos que a suportam, a começar pelos resultados do último semestre de 2017, em que a Opel/Vauxhall continuou a perder dinheiro, mas agora apenas 254 milhões, bastante menos que os prejuízos de 527 milhões do primeiro semestre do ano.

A melhoria dos resultados operacionais só foi possível com cortes, como este agora anunciado, que passa por fechar 100 dos 324 concessionários que a Vauxhall tinha no Reino Unido nos próximos 12 meses. A isto há que juntar os 650 trabalhadores recentemente despedidos da fábrica da Vauxhall em Ellesmere.

Todas estas medidas, segundo Tavares, vão permitir que a Opel/Vauxhall consiga lucros operacionais de 2% em 2020, para depois atingir 6% em 2026, além de poupanças na ordem dos 2,4 mil milhões devido a sinergias com o restante Grupo PSA.

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