Donald Trump vai contar com um reforço de peso na sua equipa pessoal de advogados: Rudy Giuliani, antigo mayor de Nova Iorque e reconhecido elemento do Partido Republicano, vai juntar-se ao grupo de conselheiros jurídicos do presidente norte-americano. A informação foi avançada esta quinta-feira pelo advogado pessoal de Trump, Jay Sekulow, ainda que o próprio Giuliani, em entrevista à CNN, tenha deixado bem claro que o seu papel “será limitado”.

No comunicado em que confirmou o novo elemento da equipa, Sekulow referiu que Giuliani é “ótimo” e que é “um amigo [de Donald Trump] há muito tempo” — foi aliás, um dos seus fervorosos apoiantes durante a corrida presidencial contra Hillary Clinton. Nas mesmas declarações, juntou comentários do próprio Giuliani, segundo o qual “é uma enorme honra fazer parte de uma equipa jurídica tão importante”.

Rudy Giuliani, que já foi procurador federal e é considerado uma “mente brilhante” na área, assumiu em conversa telefónica com o canal televisivo que o seu objetivo é apoiar a equipa na preparação da defesa do presidente dos EUA na investigação sobre as ligações entre Moscovo e Trump durante a campanha eleitoral. O processo procura averiguar se houve algum tipo de interferência no resultado das eleições de 2016 na sequência dessa eventual ligação. E, neste caso, explicou, o seu contributo passa por “trazer uma perspetiva mais fresca” ao processo.

A investigação, recorde-se, está a ser conduzido pelo procurador especial Robert Mueller que Giuliani conhece bem: primeiro, quando ambos trabalharam no Departamento de Justiça e, depois, quando Mueller dirigiu o FBI e Giuliani era mayor da cidade de Nova Iorque.

Além de Giuliani, a equipa jurídica de Trump vai contar com mais dois reforços de peso: o casal de antigos procuradores Jane Serene Raskin e Marty Raskin, que se dedica agora à prática de advocacia na Flórida. Trata-se de uma contratação relevante tendo em conta a recente dificuldade em contratar advogados que queiram trabalhar na defesa de Trump: depois da saída de John Dowd da equipa, pelo menos cinco grandes sociedades de advogados declinaram esse convite, explica a CNN.

A entrada do antigo procurador federal na equipa está a ser encarada como uma tentativa de acelerar o fim das investigações às ligações de Trump e Moscovo. E o próprio Giuliani reconheceu que gostaria de ver um fim rápido no processo, tendo mesmo negado a ideia de que o presidente norte-americano tivesse intenção de despedir Mueller: isso seria contraproducente e só iria atrasar ainda mais o processo. “Bob [Robert Mueller] é o melhor que podemos ter neste caso”, comentou.

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