O primeiro-ministro, António Costa, defendeu este sábado que a ideia de um bloco central que junte os dois maiores partidos empobrece a democracia, já que os cidadãos deixam de poder escolher entre duas alternativas, de continuidade ou de mudança.

“A ideia de bloco central empobrece e fragiliza a democracia”, disse este sábado António Costa.

Num sistema partidário como o português, “que tem dois partidos fundamentalmente como pivots de soluções governativas, a pior forma de comprometer a possibilidade de existência de alternativas é [ter] soluções de governo que envolvam esses dois partidos”, disse António Costa.

Para o primeiro-ministro, uma solução de bloco central “limita necessariamente a possibilidade de construção de alternativas e de escolha por parte dos cidadãos”.

“Como regra normal de funcionamento da democracia, é bom que em cada eleição os cidadãos possam decidir votar pela continuidade ou votar pela mudança”, acrescentou o chefe do executivo, que falava na abertura do Festival Visão, a assinalar os 25 anos da revista, e decorre até domingo, com várias iniciativas como debates, exposições ou ‘workshops’.

A possibilidade de os cidadãos escolherem a continuação ou a mudança de política “é algo essencial” para manter “uma democracia que seja viva porque os cidadãos sabem que se não gostarem desta solução do governo têm uma solução de governo alternativa”, salientou.

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