Johnny Depp contou, em entrevista à Rolling Stone, como têm sido os anos mais complicados da sua vida. O ator — que se mostrou “divertidíssimo” — falou sobre a “profunda depressão” em que entrou devido aos problemas pessoais e financeiros e sobre o casamento com Amber Heard e lamentou o facto de os filhos ouvirem rumores na escola sobre as suas dívidas.

Numa longa entrevista publicada na quinta-feira, o ator de “Piratas das Caraíbas” confessou que entrou em “depressão profunda” quando, simultaneamente, surgiram na sua vida problemas amorosos e de dinheiro. “Eu desci tão fundo como nunca imaginei“, disse o ator, acrescentando: “O próximo passo era: “Vais chegar a algum sítio com os olhos abertos e vais sair de lá com eles fechados.” Não conseguia aguentar a dor todos os dias”.

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Em maio de 2016 foi anunciado o divórcio de Depp com a também atriz Amber Heard e, em fevereiro do ano seguinte surgiram as primeiras notícias que davam conta das dificuldades a nível económico. Foi acusado pelos seus antigos gestores de negócios de levar um estilo de vida excêntrico, que não conseguia manter — gastava dinheiro em férias, iates de luxo e vinho, mas também na coleção de arte, em segurança e aviões particulares. A partir daqui foi uma bola de neve: a fortuna, estimada em 650 milhões de dólares, estava cada vez menor e o ator cada vez mais endividado.

Johnny Depp gasta dois milhões de dólares por mês, 30 mil só em vinho

Sobre os caprichos, Depp contesta a informação passada pelos antigos administradores, que asseguravam que gastava 30 mil dólares (cerca de 25 mil euros) em vinho. “É um insulto dizerem que gastava 30 mil dólares por mês em vinho. Porque era muito mais“, admitiu o ator. Era no álcool que encontrava o refúgio para os problemas: “Bebia vodka pela manhã e começava a escrever até que as lágrimas me enchiam os olhos e eu não conseguia mais ver a página”, contou.

Eu tentei continuar a perceber o que é que tinha feito para merecer isto. Eu tentava ser bom com toda a gente, ajudar toda a gente, ser verdadeiro com toda a gente (…) A verdade é o mais importante para mim. E mesmo assim aconteceu tudo isto”, prosseguiu.

Uma das acusações de que também é alvo é de ter gasto grandes quantidades de dinheiro depois da morte do jornalista e amigo Hunter S. Thompson, que se suicidou em fevereiro de 2015, ao mandar disparar as suas cinzas numa cerimónia privada. “Não foram três milhões que gastei ao mandar explodir as cinzas de Hunter. Foram cinco milhões“, contou à publicação norte-americana.

A separação de Amber Heard — que aconteceu depois de a atriz o ter acusado de violência doméstica e de ter interposto uma providência cautelar contra Depp — surgiu em agosto de 2016, quando os dois chegaram a acordo no processo de divórcio. Na altura, disseram em comunicado que “a relação foi intensamente apaixonada e, por vezes, volátil, mas sempre unida pelo amor. Nenhuma das partes fez acusações falsas para obter ganhos financeiros” e que “nunca houve a intenção de causar danos físicos ou emocionais.”

Johnny Depp e Amber Heard chegam a acordo de divórcio

O ator lamentou ainda, durante a entrevista, o facto de os filhos ouvirem os colegas falarem sobre os seus problemas: “Os meus filhos têm de ouvir os colegas da escola falarem sobre a forma como o pai perdeu todo o seu dinheiro, não é justo”, rematou.