O Jardim Internacional do Cairo, no Egito, está a ser acusado de ter pintado riscas pretas num burro para o fazer passar por uma zebra. As acusações surgiram depois de um estudante ter publicado as imagens do animal no Facebook.

A publicação tornou-se viral, aumentando a especulação em torno do animal. Um veterinário contactado pelo jornal local Extranews.tv e citado pela BBC explicou que numa zebra o focinho é preto (ao contrário do animal que está no zoo do Cairo) e apresenta riscas mais espessas e paralelas.

O jardim zoológico rejeitou as acusações e reafirmou que o animal exibido se trata de uma zebra.

Este não é um caso inédito. Em 2009, um zoo em Gaza foi alvo de acusações semelhantes, tendo-se comprovado que os animais eram burros brancos pintados com tinta para cabelo. Em declarações à Reuters, na altura, o proprietário admitiu o feito, justificando-se com os embargos impostos por Israel, que tornavam demasiado dispendiosa a compra de uma zebra genuína. Mohammed Bargouthi explicou lhe custaria mais de 40 mil dólares trazer o animal para Gaza, uma vez que para contornar as entradas controladas pelos israelitas teria de usar os túneis de contrabando. E concluiu: “As crianças não sabem, portanto chamam-lhes zebras e ficam felizes por verem algo novo”.

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