Pelo menos seis pessoas já foram detidas por suspeita de envolvimento no alegado ataque ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na passada tarde de sábado. A informação foi confirmada pelo ministro do Interior, Nestor Reverol, segundo o qual incidem sobre os seis detidos acusações de “terrorismo e tentativa de assassinato”.
O governante explicou que o grupo de seis suspeitos terá carregado dois drones com explosivos e preparou-os para explodirem durante a parada militar, em Caracas, em que Nicolás Maduro iria participar. Em detalhe, descreveu, os atacantes terão usado dois drones DJI M600, cada um artilhado com um quilo de explosivos C-4, capazes de explodir e atingir alvos até 50 metros de distância, adiantou, citando informações dos serviços secretos venezuelanos. Um dos drones sobrevoou a zona onde decorria o evento militar, mas as autoridades terão conseguido desviá-lo para o fazer detonar longa da zona que os atacantes tinham definido como alvo. O segundo droneterá perdido o controlo e explodiu no primeiro piso de um prédio de apartamentos próximo, acrescentou Reverol.
Ainda de acordo com Nestor Reverol, um dos detidos já teria um mandado de detenção pelo seu legado envolvimento no ataque a uma base militar em valencia, em agosto do ano passado. Outro dos suspeitos já tinha sido detido antes por participar nos protestos anti-governo. O ministro afirmou ainda que não descartam a possibilidade de executarem mais detenções.
Já depois do ataque, o presidente venezuelano avisou os eventuais responsáveis pelo ataque de “castigo máximo”. Recorde-se que, depois do incidente, Maduro acusou a Colômbia e o (ainda) presidente, Juan Manuel Santos, de estarem por detrás de uma tentativa de assassinato, mesmo sem ter provas que o sustentassem. A acusação foi rapidamente rejeitada pelas autoridades colombianas como “não tendo qualquer fundamento”.
O incidente promete agora agravar o clima de tensão político na Venezuela, há muito degradado. Vários líderes da oposição já deixaram o país, alegando perseguição por parte do governo e há dados que dão conta de mais de 200 presos políticos. Por outro lado, há quem mantenha o seu apoio ao chefe de Estado venezuelano, como foi o caso do ministro da Defesa, Vladimir Padrino Lopez, que, através da televisão nacional, declarou a sua “lealdade incondicional” ao presidente venezuelano. “Estamos determinados, determinados a defender a nossa pátria, a nossa Constituição, a nossa democracia, as nossas instituições”, declarou.
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