No início do ano, a Toyota brilhou no Salão de Tóquio com um concept que materializa a visão da companhia nipónica de um hiperdesportivo apto a circular nas estradas, mas que incorpora a tecnologia que a marca desenvolveu para a competição, nomeadamente com o Toyota TS050 Hybrid, protótipo que se sagrou vencedor na última edição das 24 Horas de Le Mans.

Mas quando apresentaram o Toyota GR Super Sport, assim se denomina o concept, os responsáveis japoneses pouco mais disseram. Foi preciso esperar pela vitória em Le Mans para que a marca admitisse que estava mesmo a trabalhar num hiperdesportivo. Soube-se agora o preço com que irá para a rua: 637.000€ (1 milhão de dólares australianos). Muito dinheiro, mas ainda assim uma verdadeira pechincha quando comparado com os principais concorrentes.

A (inesperada) informação foi avançada pelo porta-voz da marca na Austrália. Em declarações à Motoring, Orlando Rodriguez, surpreendeu ao adiantar o valor pelo qual será proposto o hiperdesportivo nipónico, apesar de ainda não se saber quando será apresentado na sua versão de produção, nem o número de unidades previstas, ou os mercados a que se destina.

Para além do preço, que a confirmar-se fará deste modelo o Toyota mais caro de sempre, por enquanto, a única coisa que parece certa é que o hiperdesportivo japonês tem no Toyota GR Super Sport uma espécie de antevisão daquilo que proporá aos fãs da marca. Desconhece-se até que ponto o design vai (ou não) evoluir, da mesma forma que a componente técnica permanece no segredo dos deuses.

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Contudo, é quase garantido que a versão de rua vai ter um esquema mecânico igual, ou muito semelhante, ao protótipo, que por sua vez utiliza como base os mesmos componentes do Toyota Hybrid TS050 que compete no WEC. O que significa que sob o capot vai estar um motor V6 de 2,4 litros com injecção directa e duplo turbocompressor, associado ao Toyota Hybrid System-Racing (THS-R), o sistema híbrido de competição que a marca desenvolveu nas corridas de endurance. Tudo isto para oferecer uma potência combinada de 1.000 cv (735 kW). É muita potência e muito dinheiro em troca, mas ainda assim nada que se compare aos 2,2 milhões (mais impostos) exigidos pelo Mercedes-AMG Project One, o hiperdesportivo alemão que também herda a tecnologia da competição (neste caso, da Fórmula 1), associando um motor 1.6 V6 sobrealimentado a gasolina a três motores eléctricos de 161 cv cada, para debitar mais de 1.000 cv.

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