O desespero dos neozelandeses com a falta de abacates tem mostrado dois caminhos diferentes: uns roubam pomares para depois venderem os frutos e aproveitarem o negócio, outros aguardam pacientemente em longas listas de espera pela possibilidade de terem uma árvore sua, noticiou a BBC.

Nos últimos dois anos, a procura por abacateiros tem aumentado, existindo neste momento dezenas de pessoas nas listas de espera dos viveiros para conseguirem uma árvore. Uma das razões para esta procura pode estar relacionado com o preço do fruto — a rondar os dois euros por fruto —, noticiou o site Stuff. A outra é que não podem comprar abacates produzidos noutro país para suprir as necessidades. A Nova Zelândia tem regras exigentes de biosegurança que impedem a importação de abacates.

Com uma escassez do fruto e uma procura que não diminui, há ladrões, organizados ou não, que atacam os pomares para roubar aquilo que conseguirem e depois venderem. Um problema que não é de agora. Já em 2016 o jornal britânico The Guardian falava nos roubos de abacates em pomares.

Bret Glazer, que vive em Sandringham, nos subúrbios de Auckland, gastou mais de 290 euros num sistema de segurança para o seu abacateiro depois de ter sido roubado várias vezes. A árvore produz cerca de 500 frutos todos os anos e no ano passado um roubo profissional levou centenas de frutos numa noite, noticiou o jornal de The New York Times.

Quem tem uma árvore própria protege-a como pode. Cada árvore demora dois anos a crescer, desde a semente até estar pronta a ser comercializada pelos viveiros. Depois, para quem conseguir comprar uma, ainda terá de esperar mais três a cinco anos para provar os primeiros frutos.

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