De acordo com a agência de notícias Yonhap, baseada na Coreia do Sul, a polícia local realizou uma visita surpresa às instalações da BMW no país, tentando apropriar-se de informação relacionada com os incêndios que afectaram cerca de 40 modelos da marca alemã no país.

A polícia metropolitana de Seul confirma o raid, adiantando que enviou uma equipa de 30 investigadores à sede da BMW em Junggu, a zona central da capital do país. Esta investigação decorre em paralelo à lançada pelo ministro dos Transportes, com os investigadores da polícia a procurarem confirmar as suas suspeitas, que apontam para a marca ter escondido durante algum tempo as informações sobre o problema que afectava alguns veículos do construtor, expondo ao perigo os condutores nacionais.

Porque podem arder os BMW. Cá e lá fora

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De recordar que este problema está longe de ser exclusivamente sul-coreano, uma vez que afecta igualmente modelos vendidos no resto do mundo, inclusivamente em Portugal. A origem da anomalia tem a ver com o sistema de recirculação de gases de escape, que em algumas unidades pode causar um princípio de incêndio, o qual facilmente se pode tornar incontrolável, devido às elevadas temperaturas que se fazem sentir no compartimento do motor e à presença de combustível.

Ainda de acordo com a Yonhap, 1.226 donos de modelos da BMW juntaram-se para mover um processo contra a marca, onde exigem uma compensação de 15 milhões de won (cerca de 11.500€) para cada um dos queixosos, o que perfaz um total de 14 milhões de euros.

Há cerca de um ano, a marca alemã esteve envolvida num recall de 1,4 milhões de veículos, só nos EUA, também ele devido a riscos de incêndio. Na ocasião, o problema tinha a ver com a cablagem do ar condicionado e da ventilação dos vapores do cárter.