Os bancos privados e públicos da Venezuela foram autorizados pelo Banco Central da Venezuela a comprar e vender divisas (moeda estrangeira) desde sábado no país.

A medida foi anunciada pelo presidente do banco, Calixto Ortega, durante uma conferência de imprensa, na qual explicou que estas operações de compra e venda terão lugar com base numa taxa única, estipulada diariamente por aquele organismo, que hoje cotava o euro em 71,38 bolívares soberanos.

Segundo Calixto Ortega, a medida “permitirá à população venezuelana vender e comprar divisas, para atender às suas necessidades pessoais”.

Na Venezuela vigora, desde 2003, um sistema de controlo cambial que até agora impedia a livre obtenção local de moeda estrangeira e dava a exclusividade ao Estado de administrar as divisas existentes, obrigando empresas e pessoas a recorrerem às autoridades para obter autorização para comprar dólares e euros.

O sistema de controlo cambial tem impedido as empresas estrangeiras de repatriar os capitais originados pelas suas operações, entre elas a transportadora portuguesa TAP, que tem mais de 100 milhões de euros retidos em Caracas.

Nos últimos tempos os venezuelanos têm recorrido ao mercado negro, onde um euro vale 106,00 bolíovares soberanos, para obter moeda estrangeira com diversos fins, entre eles a importação de produtos e medicamentos.

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