O Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, pediu na terça-feira o fim das hostilidades no Iémen, bem como a suspensão dos ataques aéreos da coligação árabe liderada por Riade.

“Chegou o momento de pôr fim às hostilidades, incluindo os disparos de mísseis dirigidos desde as zonas controladas por [rebeldes] Houthi (…) Os ataques aéreos da coligação devem acabar em todas as zonas povoadas do Iémen”, declarou o chefe da diplomacia dos EUA, em comunicado.

No mesmo dia, o secretário da Defesa dos EUA, Jim Mattis, apelou para o arranque das negociações de paz no Iémen num prazo de 30 dias.

Desde março de 2015 que o conflito no Iémen causou mais de 10 mil mortos e provocou “a pior crise humana do mundo”, segundo as Nações Unidas (ONU).

De acordo com o chefe da agência humanitária da ONU, Mark Lowcock, o conflito no país tornou 8,4 milhões de pessoas dependentes de assistência alimentar de emergência e colocou 75% dos seus 22 milhões de habitantes a precisarem de ajuda.

Lowcock afirmou também que três milhões de iemenitas estão mal alimentados, incluindo 1,1 milhões de mulheres grávidas e “mais de 400 mil crianças severa e agudamente mal alimentadas”.

Adiantou que, no pior cenário, com a continuação das tendências atuais, a necessidade de ajuda alimentar pode aumentar “tanto quanto 62%”.

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