O iOn, a versão da Peugeot do Mistubishi i-MiEV, foi um dos primeiros eléctricos dignos deste nome a ser proposto na Europa. Quando apareceu, em 2009, era pequeno, pouco potente e com uma bateria minúscula, e se era barato para eléctrico, era caríssimo em termos absolutos, proposto por cerca de 42.000€. Com o passar dos anos, o i-MiEV e seus derivativos da Peugeot e Citroën, respectivamente o iOn e o C-Zero, perderam competitividade, isto porque surgiram veículos alimentados por baterias que iam mais longe e mais depressa.

Na Europa, onde o mercado dos eléctricos é mais exigente – na China vendem-se mais eléctricos, mas tipicamente com menos bateria, menos autonomia e preços mais acessíveis –, o iOn há muito que passou à história, ultrapassado pelo Nissan Leaf e pelo Renault Zoe, entre outros, ambos a oferecer mais bateria e maior autonomia. Para manter o iOn competitivo, a Peugeot só podia reduzir-lhe o preço, o que levou a que um dos maiores mercados europeus, o italiano, concebesse uma estratégia particular: vender o iOn por um valor mais reduzido.

A Peugeot reforçou a competitividade do iOn em Itália, reduzindo o preço

O resultado é o iOn ser proposto por apenas 18.900€, um valor que nada tem a ver com os 30.390€ que a marca exige pelo mesmo modelo em Portugal. Ora esta vantagem de quase 12.000€ para os condutores transalpinos será capaz de tornar qualquer modelo num bestseller. Esta é a estratégia da Peugeot Itália que, pelo menos até agora, a marca em Portugal optou por não abraçar.

De recordar que o iOn – e o I-MiEV – está equipado com um pequeno motor de 67 cv, especialmente para um carro com 1.200 kg, e uma bateria com somente 16 kWh, estando limitado a 130 km/h e a necessitar de 15,9 segundos para ir de 0 a 100 km/h. Tudo isto num modelo que tem apenas 3,475 metros de comprimento total.

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