As principais bolsas europeias estavam esta segunda-feira em baixa, perante o medo de uma nova recessão, o possível aumento das tensões comerciais entre Pequim e Washington e o Brexit.

Cerca das 09h15 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a cair 0,93% para 342,23 pontos. As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 0,33%, 0,67% e 1%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão recuavam 0,68% e 1,04%. Depois de ter aberto em baixa, a bolsa de Lisboa mantinha a tendência e, cerca das 09h15, o principal índice, o PSI20, recuava 0,85% para 4.795,46 pontos.

Os analistas referem que as bolsas europeias também estão a ser influenciadas pela sessão de Wall Street, que terminou a cair mais de 2%, devido à divulgação de um dado do emprego que ficou abaixo das expetativas e sobretudo devido ao medo do recrudescimento de novas tensões entre a China e os Estados Unidos.

Depois da detenção da diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, a pedido dos Estados Unidos, por fraude para violar as sanções impostas por Washington ao Irão, a China convocou o embaixador dos Estados Unidos.

Por outro lado, pela parte dos Estados Unidos, o chefe negociador comercial, Robert Lighthizer, assegurou que não planeia ampliar a trégua de 90 dias na guerra comercial com a China se não houver acordo antes de 1 de março de 2019.

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Na Europa também se mantêm as dúvidas sobre se na terça-feira o Reino Unido irá apoiar o acordo do Brexit alcançado com a União Europeia (UE), enquanto os investidores estão muito pendentes das tensões em França devido aos protestos dos coletes amarelos.

Em Nova Iorque, Wall Street terminou na sexta-feira em forte baixa, com o Dow Jones a descer 2,24% para 24.388,95 pontos, depois de ter subido em 3 de outubro, para 26.828,39 pontos, atual máximo desde que foi criado em 1896. Também na sexta-feira, o Nasdaq fechou a recuar 3,05% para 6.969,25 pontos, depois de ter subido até aos 8.109,69 pontos em 29 de agosto, atual máximo de sempre.

A nível cambial, o euro abriu em alta no mercado de divisas de Frankfurt, a cotar-se a 1,1427 dólares, contra 1,1390 dólares na sexta-feira.

O barril de petróleo Brent para entrega em fevereiro abriu esta segunda-feira em alta, a cotar-se a 61,91 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mais 0,24% que na sessão anterior e depois de ter estado acima dos 85 dólares no início de outubro.