O presidente americano adiou as deslocações previstas para os próximos dias da presidente da câmara dos representantes a Bruxelas e ao Afeganistão. Donald Trump usou o argumento do shutdown, a paralisação dos gastos na administração americana para impedir as viagens da democrata Nancy Pelosi com quem mantém um braço-de-ferro por causa do financiamento ao muro na fronteira com o México.

Sem efeito fica também a ida da delegação americana ao fórum económico de Davos, que se realiza na próxima semana na Suíça. A razão é a mesma.

Numa carta citada pela BBC, Donald Trump explicou assim o racional de impedir as viagens da líder da Câmara dos Representantes: “Certamente que concordará que adiar eventos de relações públicas é totalmente apropriado”. Uma fonte oficial da Casa Branca citada pela imprensa americana explica que Trump teve poder para impedir as viagens de Pelosi e de uma delegação do congresso porque os viajantes iam utilizar aeronaves militares. A comitiva deveria ter partido esta quinta-feira de manhã.

É a resposta do presidente à proposta feita por Nancy Pelosi para Trump adiar o discurso anual sobre o estado da Nação, dada a situação de impasse político que se vive nos Estados Unidos. A paralisação dos serviços administrativos e de algumas agências federais dura desde 22  de dezembro e já é o shutdown mais longo da história política dos Estados Unidos.

O Presidente exige que o congresso, agora dominado pelos Democratas, aprove verbas de 5,7 mil milhões de dólares para construir um muro na fronteira mexicana, projeto que é recusado pelo partido.

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