Menos de uma hora depois de ter entrado, Cristiano Ronaldo já abandonou a Audiência Provincial de Madrid, onde esta terça-feira se declarou culpado por quatro crimes de fraude fiscal. O jogador português tinha feito um requerimento ao juiz presidente para entrar no tribunal diretamente pela “garagem do edifício”, mas o pedido foi negado e Ronaldo teve de entrar pela porta principal, onde estava reunido um grande aparato. O jogador chegou acompanhado da sua namorada, Georgina Rodríguez, e ainda distribuiu alguns autógrafos pelos fãs à saída.

Madrid. Ronaldo pede entrada protegida no tribunal

De acordo com o El Mundo, apesar de Juan Pablo González-Herrero reconhecer “a grande notoriedade” do jogador da Juventus, o juiz considerou que a segurança de Ronaldo não seria comprometida se entrasse a pé pela porta principal do edifício.

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Os representantes do internacional português tinham feito um requerimento, onde pediam para lhe ser concedido o “acesso ao edifício através da garagem” do tribunal e ainda que fossem adotadas outras medidas “que se considerem oportunas” para “garantir a segurança” do jogador na deslocação ao tribunal, tendo em conta que existe um “certo risco de que o acesso normal ao edifício não se possa realizar em condições normais”.

Cristiano Ronaldo declarou-se culpado de quatro crimes fiscaispelos quais será obrigado a pagar 18,8 milhões de euros. O jogador aceitou em junho do ano passado declarar-se culpado pelos crimes, sendo também condenado a uma pena suspensa de dois anos de prisão.

Ronaldo: “Nunca tive intenção de fugir aos impostos”

Em julho de 2017, depois de ser ouvido à porta fechada pelo juiz de instrução de Pozuelo de Alarcón, Ronaldo enviou um comunicado onde afirmou nunca ter tido intenção de comer crimes como fraude fiscal. “Nunca ocultei nada, nem tive intenção de fugir aos impostos“, referiu, acrescentando que o fisco espanhol “conhece em detalhe” os seus rendimentos porque foram declarados.

Mais tarde, durante o julgamento, o português alegou não ter conhecimento das manobras financeiras de que as autoridades espanholas o acusavam. “Não entendo muito disto. Tenho apenas o sexto ano de escolaridade e a única coisa que sei fazer bem é jogar futebol. Se os meus assessores me dizem ‘Cris não há problema’, eu acredito neles”, disse o jogador perante a juíza, a 5 de agosto de 2017.

Segundo o jornal espanhol, o ex-jogador do Real Madrid já tinha feito um requerimento a pedir para se declarar culpado através de uma videochamada a partir de Itália, um pedido que também o tribunal decidiu negar.