A linha de crédito criada pelo Governo para a limpeza das florestas não está a ter qualquer adesão, segundo avançou esta segunda-feira o Jornal de Notícias.

Os 40 milhões de euros disponibilizados pelo executivo continuam assim por usar, apesar das várias queixas no ano passado em relação aos custos das ações de limpeza.

O Governo, que criou este apoio há quase um ano, destinado a empresas e proprietários, admitiu que está a investigar o porquê do fracasso deste financiamento. O Ministério da Economia, citado pelo JN, adiantou que “até ao momento, não houve adesão à Linha de Crédito”.

Por outro lado, o setor florestal deixa críticas à burocracia neste tipo de processos, afirmando que a linha de crédito tem como objetivo o endividamento dos produtores, que não obtêm qualquer rendimento com a limpeza de mato.

O executivo de António Costa lançou em maio de 2018 um financiamento de 30 milhões de euros destinados às empresas e 10 milhões de euros para os proprietários individuais. A linha de crédito é gerida pelo Sistema Português de Garantia Mútua, uma sociedade de investimento estatal responsável por prestar garantias financeiras às empresas.

A notícia de que a linha de crédito não está a ser utilizada surge pouco tempo antes da data limite para os proprietários criarem faixas de gestão de combustível. As limpezas da floresta têm de estar acabadas até 15 de março, sendo que quem não cumprir será sujeito a pagamento de multas.

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