Na sequência de uma rusga a uma fábrica de bombas no Sri Lanka, o exército envolveu-se num tiroteio com os suspeitos dos ataques bombistas do domingo de Páscoa. Seguiu-se uma série de explosões mas não há registo de vítimas, avança a Sky News.

O tiroteio ocorreu na cidade de Sammanthurai, leste do Sri Lanka, a 320 quilómetros da capital Colombo. Segundo os media locais, foram detidos sete suspeitos. As autoridades recuperaram ainda material para fabrico de bombas e uma bandeira do Estado Islâmico.

“Os militares ainda estão envolvidos, mas não podemos fornecer mais detalhes. Houve três explosões, mas não estamos seguros se foi por causa de suicidas ou por outras razões”, disse à agência noticiosa Efe uma fonte militar.

Segundo a mesma fonte, a operação foi desencadeada após as autoridades terem recebido um aviso sobre a existência de uma casa de apoio para pessoas ligadas aos atentados suicidas a três igrejas e três hotéis de luxo no Sri Lanka no domingo de Páscoa. A polícia tem levado a cabo rusgas por todo o território do Sri Lanka para descobrir mais informações sobre os bombistas e os seus apoiantes.

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Os atentados causaram a morte de 359 pessoas, incluindo um português, segundo os últimos dados oficiais. Mais de 500 pessoas ficaram feridas.

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O incidente ocorreu no mesmo dia em que o presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, afirmou que foram detetadas na ilha pelo menos 130 pessoas suspeitas de vínculos com o Estado Islâmico, grupo que reclamou responsabilidade pelos atentados. Na conferência de imprensa da manhã desta sexta-feira, Sirisena afirmou que as autoridades já prenderam 70 alegados membros ou simpatizantes do grupo.

A série de ataques ocorridos no domingo e quase em simultâneo foram cometidos por pelo menos nove suicidas que transportavam explosivos muito potentes. Horas depois, ocorreu uma sétima detonação num pequeno hotel situado cerca de dez quilómetros a sul da capital, e a última num complexo residencial, também em Colombo.

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O Sri Lanka não registava atentados desta dimensão desde a guerra civil entre a guerrilha tâmil e o governo, um conflito que se prolongou por 26 anos e terminou em 2009. De acordo com a ONU, mais de 40.000 civis foram mortos nesse período.