Para França, os acordos com a extrema-direita não são uma opção. O aviso era especificamente para o partido espanhol Ciudadanos, aliado do partido do Presidente Francês, Emmanuel Macron, e referia-se à aproximação ao Vox, noticia o El País.

“A aliança com a extrema-direita a nível local, como temos visto em Espanha, não é uma opção”, disse esta quinta-feira a secretária de Estados dos Assuntos Europeus francesa, Amélie de Montchalin, numa entrevista a jornalistas espanhóis.

O Ciudadanos é aliado do partido francês La República En Marcha (LREM) e ambos integram o mesmo grupo parlamentar a nível europeu, mas a aproximação ao Vox tem sido vista com alguma preocupação.

Não que o partido francês tivesse desenhado uma linha vermelha, até porque não se mostrava contra que o Vox apoiasse uma coligação governamental entre o Partido Popular e o Ciudadanos. Mas falta saber como se vai comportar se se alcançar um acordo a três.

E porque é que o que se passa em Espanha é tão importante para França? Primeiro, porque em França a distinção entre liberais e extrema-direita é mais clara e menos volátil do que parece estar a ser em Espanha. Depois, e tendo em conta este pormenor, LREM e Ciudadanos estão a formar uma aliança europeia Renew Europe, um grupo pró-europeu que os franceses não querem ver contaminado pela extrema direita.

Outros aliados do partido de Macron são o primeiro-ministro português, António Costa, e Pedro Sánchez, secretário-geral do PSOE.

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