1. Ilha Verdelho 2018, Madeira (23,90 euros)
Em 2018, Diana Silva lançou uma trilogia de vinhos (branco, tinto e rosé) nascidos de uma casta mal amada de nome Tinta Negra, plantada na ilha da Madeira, de onde a produtora é proveniente. Um ano depois dá-se o regresso dos vinhos Ilha com novas castas. O monocasta Verdelho vem de uma vinha de altitude em S. Vicente, no norte da ilha, o que confere mais acidez ao vinho e menor maturação alcoólica. As uvas são apanhadas à mão e Diana Silva garante ao Observador que o vinho “não tem qualquer intervenção tecnológica”.

O vinho de mesa madeirense que nasceu da casta amaldiçoada

2. Ilha Tinta Negra rosé 2017, Madeira (19,99 euros)
O rosé ainda é fruto da primeira leva de vinhos produzidos por Diana Silva sob a marca Ilha. Originalmente apresentado ao Observador em setembro de 2018, revela-se seco e muito gastronómico. Dele apenas foram feitas 3.000 garrafas. Ainda não lhe é conhecida uma nova colheita.

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3. Herdade Aldeia de Cima Reserva branco 2017, Alentejo (15 euros)
Luísa Amorim, a filha mais nova do já falecido magnata Américo Amorim, plantou uma vinha em patamares no Alentejo, a fazer lembrar os tradicionais socalcos do Douro. A plantação é recente e ainda vai demorar algum tempo até provarmos o resultado destas uvas. Mas o projeto ambicioso já deu alguns frutos, incluindo o reserva com as uvas Trincadeira, Alfrocheiro e Aragonez vindas de Estremoz, Vidigueira e Portalegre. A enologia é de Jorge Alves e António Cavalheiro.

Uma vinha em patamares no Alentejo e o projeto pessoal de Luísa Amorim

4. Herdade Aldeia de Cima Reserva tinto 2017, Alentejo (15 euros)
O projeto Herdade Aldeia de Cima, acima brevemente apresentado, tem, por enquanto, apenas quatro vinhos, incluindo o reserva branco feito de Arinto, Alvarinho e Antão Vaz, uvas vindas da Vidigueira. Um vinho que representa com facilidade um Alentejo fresco e versátil.

5. Quinta do Gradil Alvarinho 2018, Lisboa (cerca de 16 euros) 
É a primeira investida da Quinta do Gradil num monocasta Alvarinho e é também fruto do trabalho de Tiago Correia, o novo enólogo de casa, que antes estava aos comandos do vinho de Carcavelos (também na região dos Vinhos de Lisboa). Os solos de natureza argilosa, as largas encostas no sopé da Serra de Montejunto e a proximidade do oceano Atlântico contribuem para o resultado final de um vinho de cor citrina, fresco e mineral.

6. Pomares branco 2018, Douro (7,50 euros)
Desde 2006 que a duriense Quinta Nova aposta na produção destas referências. Chegados ao verão, assiste-se ao regresso dos vinhos Pomares com destaque para o branco, feito a partir de Viosinho, Gouveio e Rabigato, e cujo perfil fresco resulta da combinação de terroris distintos, distribuídos por pequenas parcelas. Segundo a nota de prova de quem o fez, o vinho tem no nariz uma “explosão de aromas a flores do prado”, entre outros; na boca há frescura e elegância. O final de prova, esse, fica marcado por notas minerais.

7. Vinho branco SUDD 2017, Dão (8,99 euros)
A marca SUDD (da empresa Frijobel Global) é uma linha gourmet de produtos que promovem a dieta mediterrânica. Dela fazem parte azeites, compotas, conservas, mel, queijo e vinhos. Este em particular — até agora o único proveniente do Dão — resulta das castas Encruzado, Malvasia e Cerceal, e tem na enologia Osvaldo Amado, um bairradino que faz vinho em todo o país. O SUDD branco, que leva um coelho no rótulo, pode ser adquirido diretamente à empresa através da respetiva página online.

8. Cortes de Cima Amphora Tinto 2016, Alentejo (18,40 euros)
Esta é apenas a terceira edição do Amphora, um vinho muito acarinhado no projeto alentejano Cortes de Cima. Para a sua produção são usadas duas talhas distintas, as técnicas ancestrais são respeitadas mas, assegura quem o faz, há variações em relação ao processo convencional. O Cortes de Cima Amphora 2016 é feito com Alicante Bouschet, Aragonez, Trincadeira, Touriga Nacional e Syrah.

9. Quinta dos Murças Ânfora 2017, Douro (25 euros)
A Quinta dos Murças, projeto duriense associado ao Esporão, situa-se na margem direita do rio Douro e deixa-se caracterizar pela diversidade dos seus oito terroirs. De um deles nasce este vinho, cuja produção é limitada a 1.000 garrafas. A sua receita resulta de um método ancestral de fermentação e estágio em ânforas, sendo que o vinho em questão provém de vinhas plantadas numa encosta entre os 110 e os 300 metros de altitude. Na sua composição estão as castas Tinto Cão e Tinta Francisca.

10. Coelheiros Branco 2018, Alentejo (10 euros)
Desde junho que as novas colheitas de Coelheiros branco e tinto — da herdade alentejana com o mesmo nome no concelho de Arraiolos — encontram-se disponíveis no mercado. Ambos os vinhos permanecem fiéis ao que os rótulos em questão já nos habituaram. O branco em particular, colheita de 2018, pretende mostrar “uma versão mais fresca do Alentejo” e é feito com 100% de Arinto.

11. Avô Fausto branco 2016, Bairrada (cerca de 20 euros)
O monocasta Maria Gomes está de regresso para, uma vez mais, homenagear o avô de Mário Sérgio, pequeno produtor bairradino que já nos habituou a vinhos de guarda.

Bairrada. Pode uma casta dar boleia a toda uma região?

12. Manoella DOC branco 2018, Douro (12,90 euros)
O rótulo é da empresa Wine & Soul, criada em 2001 pelo casal de enólogos Sandra Tavares da Silva e Jorge Serôdio Borges. O duriense Manoella vem de uma vinha com 52 anos, situada numa encosta virada a norte com solo granítico, e na sua composição tem as castas Gouveio, Viosinho, Rabigato e Códega do Larinho.

13. Soalheiro Sauvignon Blanc 2018 (10 euros)
Resulta de uma combinação seguramente invulgar. A produtora Soalheiro — que há muito dispensa apresentações — quis aliar os toques vegetais do Sauvignon Blanc (70%) à mineralidade do Alvarinho (30%), a casta por excelência na região dos Vinhos Verdes.

Poças. 100 anos de vinho do Porto produzido em nome da família

14. Poças Orange Wine 2018, Douro (22,50 euros)
Este vinho laranja é um dos primeiros produtos do conceito Poças Fora da Série. Quis a empresa centenária de vinhos do Porto e DOC Douro casar a história e a tradição com atitudes mais inovadoras, da qual resultam vinhos menos intervencionados. É o caso deste Arinto que apresentar uma cor âmbar, do qual só há 800 garrafas.

15. DSF rosé 2018, Setúbal (9.90 euros)
DSF de Domingos Soares Franco, o representante mais novo da sexta geração da família que decide os destinos da produtora José Maria da Fonseca, com sede em Setúbal, além de chefe de equipa de enologia. Os vinhos que lhe levam o nome emprestado são por si considerados especiais, pelo que foram batizados de “Coleção Privada”. Este rosé é um monocasta Moscatel Roxo que, servido a uma temperatura de 8 a 10 graus centígrados, consegue acompanhar refeições ligeiras.

16. Paço do Teixeiró Avesso 2017, Vinhos Verdes (15 euros)
O vinho é da sub-região de Baião e provém de vinhas com uma média de 35 anos, uma parcela da Quinta do Paço de Teixeiró. É feito só com a casta Avesso e apenas foram engarrafadas um total de 1.600 garrafas.

17. Casa da Lavandeira Avesso Escolha 2018, Vinhos Verdes (8 euros)
Adega da Casa da Lavand’eira está entre a região dos Vinhos Verdes e a região do Douro, e as suas vinhas são essencialmente dominadas pelas castas brancas Avesso e Arinto. Da vindima manual da uva Avesso surge um vinho elegante mas intenso, com acidez e frescura.

18. Quinta de Chocapalha Arinto 2018, Lisboa (7 euros)
É feito a partir das vinhas mais velhas da propriedade e de parcelas específicas e é também um clássico da Quinta de Chocapalha, propriedade familiar situada em Alenquer. O vinho é um monocasta Arinto, colheita de 2018.

19. Ervideira Invisível 2018, Alentejo (12,50 euros)
Em abril chegou ao mercado aquela é que a décima edição de um vinho que, garante a produtora Ervideira, foi o primeiro “blanc de noir” (vinho branco de uvas tintas) de Portugal. Dez anos e 500.000 garrafas depois, o Invisível continua forte e pronto para — neste caso — mais um verão.

20. Casa de Vilacetinho Avesso Superior 2018, Vinhos Verdes (9,50 euros)
A Quinta de Vilacetinho, situada no concelho de Marco de Canavezes, foi fundada em 1790. São muitas as referências vínicas de uma propriedade que também aposta no enoturismo, incluindo Avesso Superior 2018, que diz a ficha técnica tem “um nariz com notas de chá verde, fruta branca de pomar, e um toque flor de laranjeira”. Na boca há volume, equilíbrio e frescura.

21. Covela Rosé 2018, Vinhos Verdes (10 euros)
Na quinta que em tempos foi de Manoel de Oliveira a casta Avesso é rainha, mas este 100% Touriga Nacional também se destaca, sobretudo numa altura em que as refeições servem-se mais ligeiras e, se possível, à beira-mar.

Covela. A quinta que foi de Manoel Oliveira no “Douro verde”

22. Quinta do Monte D’Oiro rosé 2018, Lisboa (8 euros)
Produzido pelo gastrónomo José Bento dos Santos, o rosé nasce de uma agricultura biológica e é 100% Syrah. O vinho acompanha bem à mesa, é versátil e fresco.

23. Quinta da Boa Esperança Colheita Selecionada 2015, Lisboa (12,90 euros)
O ano de 2015 foi bom para a Quinta da Boa Esperança, na região vitivinícola de Lisboa, e isso reflete-se neste vinho, um blend de diferentes castas: Syrah, Castelão, Aragonez, Alicante Bouschet e Touriga Nacional, resultando num tinto elegante e atraente mesmo quando o calor apertar.

Comida de tacho e vinho de guarda: a Boa Esperança está nesta quinta do Oeste

24. Niepoort Nat Cool Drink Me 2017 tinto, Bairrada (cerca de 12 euros)
É do famoso produtor Dirk Niepoort, mas não veio do Douro, antes da Bairrada. O tinto monocasta Baga mostra-se leve e elegante, e com menos graduação alcoólica — uma tendência cada vez mais emergente no sector dos vinhos.

25. Maria Bonita Loureiro Barrica 2017, Vinhos Verdes (17 euros)
É um dos novos vinhos do produtor Lua Cheia em Vinhas Velhas e leva a assinatura do enólogo Francisco Baptista. Este 100% Loureiro, vindo da vinha mais velha da propriedade, fermentou em barricas usadas de 300 litros, apresenta uma cor amarelo cítrico e, sendo frutado e dono de notas minerais, vai bem com pratos de peixe e marisco.