Com tantos sistemas eléctricos e electrónicos que é necessário comandar, os automóveis modernos são um desafio conceber e montar apenas sob o ponto de vista das cablagens. Mas esta quantidade tremenda de fio condutor coloca desafios importantes, pois se entre o fio e as fichas representa um custo importante, instalá-lo dentro do veículo e ligar todos os componentes na perfeição inibe uma maior automatização, custando tempo e dinheiro.

Para se ter uma ideia da dimensão do problema, retomemos uma conversa que mantivemos há dias com um técnico alemão da Continental. Confidenciou-nos, então, que um Mercedes Classe S tem no seu interior 123 CPU, ou seja, computadores, entre uns pequenos e menos potentes e outros de maior capacidade, consoante as necessidades do sistema ou dispositivos que controla. Segundo ele, a Tesla recorre a apenas um CPU para o Model S (foi o exemplo dado, mas até no Model 3 será igual), obviamente mais potente e com maior capacidade, mas apenas um, o que simplifica a montagem e o volume de cablagem e o tempo necessário para a instalar.

Ainda assim, afirma a Tesla que um Model S necessita de aproximadamente três quilómetros de cabo eléctrico, valor que à custa de várias actualizações e melhorias caiu para apenas 1,5 km no Model 3. A questão é que, desta vez, o construtor americano encontrou uma solução, que patenteou conforme as figuras que juntamos, que permite reduzir o total de cabos para apenas 100 metros. Reduz-se com isto peso, tempo e custos.

O desenvolvimento desta nova tecnologia está já terminado, tanto mais que o Model Y será o primeiro veículo a utilizá-lo, já em 2020. A este seguir-se-á a pick-up, o Semi, o Roadster e as próximas gerações do S, X e 3.

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