A final do concurso “Apps for Good” decorreu na passada sexta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e teve como vencedores a equipa de jovens do Instituto dos Pupilos do Exército. O que criaram? Uma app para ajudar toda a gente a distinguir cores, “facilitando o quotidiano das pessoas daltónicas (que têm uma anomalia na visão, que interfere na distinção das cores)”: a Color You.

App que liga migrantes a médicos vence Hack for Good da Gulbenkian

Nos segundo e terceiro lugares deste concurso, na categoria do Ensino Secundário ficaram, respetivamente, a Coursly, da equipa do Agrupamento de Escolas de Padrão da Légua, que pretende ajudar os alunos do secundário a escolher o curso superior mais adequado, e a Polumap, da equipa finalista da Escola Secundária Serafim Leite. Esta última app permite identificar os locais onde existe poluição.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Além destes prémios, foram ainda distinguidos, na categoria do Ensino Básico, ‘Must Be Green’ da equipa de jovens da Escola Levante da Maia. A que ganhou o prémio de “Melhor App” nesta categoria permite encontrar empresas que limpem terrenos. No segundo lugar ficou a “Rescue Pets”, da equipa do Agrupamento de Escolas de Saboia, uma aplicação para ajudar em situações de abandono de animais. No terceiro lugar e ainda no pódio ficou a Only Heal, dos jovens da Escola Levante da Maia, uma plataforma digital que quer facilitar a ligação entre “utentes e farmacêuticos”.

Todas as aplicações criadas nesta competição pretendem impactar a sociedade para melhor e permitir que os jovens se sintam capazes de mudar o mundo. A tecnologia deve ser um meio, e não apenas um fim, para a resolução de problemas e de causas sociais e o Apps for Good desenvolve as capacidades críticas, criativas e empreendedoras dos jovens”, diz João Baracho, diretor executivo do CDI Portugal.

O “Prémio do Público” foi atribuído à aplicação SOS Adolescência, do Externato da Apresentação de Maria, que ajuda adolescentes com problemas sociais, e o Prémio jovem Aluna.PT, patrocinado pela associação DNS.PT, foi atribuído à Rita Polido da Must Be Green.

O “Prémio Tecnológico”, patrocinado pela Fujitsu, foi entregue à aplicação AEEG Alugin, da Escola Secundária de Santarém, que permite alugar ou alterar online aluguer de pavilhões gimnodesportivos. Já o “Prémio Cooler Planet”, patrocinado pelo BNP Paribas para soluções para a melhorar o ambiente, foi entregue à aplicação “Invasoras CV”, da equipa da Escola Secundária D. Dinis, que pretende combater as plantas invasoras.

Ao todo, nesta final participaram 22 equipas de alunos que desenvolveram as apps ao longo do último ano letivo. Estas equipas finalistas foram selecionadas pelo júri durante os quatro encontros
regionais que se realizaram entre junho e julho deste ano nos Açores, em Valongo, em Oeiras e na Madeira, que tiveram cerca de 150 equipas.

O Apps for Good é um programa lançado pelo CDI Portugal que incentiva professores e jovens entre os 10 e 18 anos a desenvolverem aplicações para  smartphones e tablets que “possam contribuir para a resolução de problemas relacionados com a sustentabilidade do mundo em que vivemos”. As inscrições para a sexta edição já estão abertas.