A coordenadora bloquista defendeu, esta sexta-feira, que “responder à emergência climática não é sacrificar o povo”, mas dar-lhe condições de vida, considerando que os jovens que saíram à rua estão a pedir coragem para que se enfrentem os interesses económicos.

No sexto dia de campanha do BE, Catarina Martins já tinha estado, à tarde, em Braga, na manifestação no âmbito da greve climática, um assunto que pôs no centro da sua intervenção durante o jantar-comício inédito em Viana do Castelo em período oficial de campanha.

Quem aqui está, quem aqui mora sabe como tem feito falta um deputado de esquerda de Viana do Castelo no parlamento e que possibilidade de o ter é aqui no Bloco de Esquerda”, disse, no final da intervenção, garantindo que “com um grupo parlamentar maior, mais representativo “de todo o país e de todas as pessoas”, o BE poderá “fazer ainda melhor” na próxima legislatura.

A líder bloquista foi perentória ao afirmar que “responder à emergência climática não é sacrificar o povo, é dar condições de vida ao povo”.

Na perspetiva da líder do BE, “a ideia de que responder pelo clima é sacrificar as pessoas” é aquela ideia da direita que “acha bem que cobrar pelo gasóleo e pelas portagens às pessoas a quem nunca deu transportes coletivos de jeito”.

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“A proposta do Bloco de Esquerda é outra, é que toda a gente tenha direito à mobilidade e aos transportes”, contrastou.

A jovem geração que sai à rua “para nos dizer que é preciso mudar este sistema económico”, prosseguiu Catarina Martins, “não está a pedir sacrifícios a ninguém”.

Está a pedir, sim, que tenhamos a coragem de enfrentar os interesses económicos que roubam o que é de todos, para podermos todos viver melhor e é esse o programa do BE”, assegurou.

A proposta da esquerda para a emergência climática, detalhou ainda, “é aquela que responde também pela emprego e pelas condições de vida” do país, dando o exemplo do objetivo de “mudar a energia, mudar os transportes, mudar a habitação”.

Na opinião da líder bloquista, “estes jovens que vieram à rua, sabem bem o que dizem”.

Este sistema, tal como está, joga contra as nossas vidas. Haverá quem nos diga que temos de nos sacrificar em nome do planeta, que é para nos meter medo das mudanças que temos de fazer”, avisou.

Segundo Catarina Martins, “há uma pequena elite mundial que tem ganho muito” com “a exploração de recursos deste planeta, de uma forma que é absolutamente destrutiva, e têm enriquecido muito em pouco tempo”.

“Responder à emergência climática é o contrário: é respeitar tanto o planeta como respeitar as pessoas, não é nenhum sacrifício, é dar qualidade de vida, é dar saúde, é dar justiça a esta gente e é isso que nós queremos fazer”, afirmou.

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