“Raúl de Tomás, que custou 20 milhões de euros, de fora? Se meter o Raúl em vez do Vinícius, a diferença é de três milhões. Ou seja, também deixo 17 milhões no banco ou fora da convocatória… O importante é todos trabalharem bem, independentemente do valor que custaram. Se olharmos para o passado, é difícil chegar um ponta de lança ao Benfica que se afirme de imediato. Eventualmente temos dois, o Jonas e o Vinícius, mas todos os outros tiveram sempre algum tempo para se adaptarem. O atleta tem de se entregar ao trabalho, tal como todos os outros, até que chegue a oportunidade para confirmar o seu valor”, disse Bruno Lage antes de receber o Sp. Braga.

Como jogas, Luís Miguel – versão 19 e a contar (a crónica do Benfica-Sp. Braga)

“Escudando-se” na atual forma de jogar do Benfica, que atravessa o melhor momento da temporada com apenas um avançado de início e Chiquinho a fazer ligação à unidade mais adiantada tendo Gabriel e Taarabt nas costas, o técnico dos encarnados justificou não só a não convocatória do segundo jogador mais caro da história do clube (Raúl de Tomás, apenas atrás de Raúl Jiménez) como elogiou o terceiro jogador mais caro da história do clube (Carlos Vinícius). E podia ter falado também de Seferovic, a grande referência encarnada da última temporada que perdeu em definitivo o lugar depois de uma lesão ao serviço da Suíça. O brasileiro, esse, não desiludiu e continua a ser um matemático quando chega a altura de fazer contas ao custo que teve.

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Ao apontar o 2-1 da reviravolta do Benfica frente ao Sp. Braga, Vinícius apontou o golo da vitória das águias pela terceira vez na presente temporada, depois de já ter decidido a receção ao V. Setúbal para o Campeonato e a visita a Vizela para a Taça de Portugal. Em paralelo, este foi também o quarto encontro onde marcou e assistiu (como fez agora para Pizzi, no empate), após Cova da Piedade (Taça), Marítimo (Liga) e Boavista (Liga).

Ao todo, o avançado leva uma média de um golo por jogo nas últimas nove partidas realizadas entre Primeira Liga, Taça de Portugal e Champions, num total de 15 golos em apenas 1.075 minutos disputados em 21 encontros esta temporada (apenas dez como titular) que confere a média de um golo por cada 72 minutos disputados.

Melhor momento da carreira? É o melhor momento do coletivo. E quando assim é o individual também aparece. O que importa é passar para a próxima fase e conseguimos, diante do nosso público e no último jogo do ano em casa”, comentou na flash interview da RTP3.

“Foi uma vitória justa. Controlámos bem o jogo e conseguimos trabalhar bem a bola. Sabíamos que o golo ia sair. Graças a Deus que conseguimos a vitória e passámos para a próxima fase. Isso é que importa”, acrescentou o avançado brasileiro, que voltou a ser um dos principais destaques da equipa do Benfica que conseguiu o oitavo triunfo seguido na Luz, naquele que é um recorde na era Bruno Lage no comando.