O Facebook pôs em prática várias medidas para combater a desinformação na rede social. Em comunicado, a empresa liderada por Mark Zuckerberg diz que o foco é garantir que todos possam aceder a informações confiáveis e precisas. Assim:

  • Se uma pessoa pesquisar por coronavírus no Facebook ou usar uma hashtag relacionada com o vírus no Instagram, verá uma janela pop-up a direcionar para a Direção-Geral da Saúde (DGS), que comunica as informações mais recentes. O Facebook está a trabalhar com as autoridades de saúde e organizações como a OMS e a DGS para ajudar a comunicar as informações mais oportunas e precisas sobre o coronavírus;
  • A rede social está a remover o conteúdo relacionado com alegações e teorias de conspiração que foram desacreditadas pela OMS ou por outros especialistas em saúde e que podem causar danos. Refere-se a publicações que podem induzir em erro os utilizadores, fazendo com que fiquem doentes em vez de receberem o tratamento devido. Exemplos: curas falsas ou métodos de prevenção; informações falsas destinadas a desencorajar o tratamento; informações falsas sobre a prevenção da transmissão do vírus; e informações falsas sobre disponibilidade de assistência médica;

As 33 informações falsas sobre o coronavírus que já encontrámos nas redes sociais

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

  • A rede social continua a trabalhar com os parceiros de Fact-Checking em todo o mundo, incluindo o Observador, para rever as informações sobre o coronavírus. Quando os parceiros de Fact-Checking classificam o conteúdo como falso, a sua distribuição no feed é reduzida, para que menos pessoas o vejam. Surge também uma tela de aviso cinzenta, com um link que mostra a classificação de veracidade dada pelo parceiro de Fact-Checking. Se um grupo partilhar informações falsas, a distribuição também diminui e o Facebook deixa de sugerir que as pessoas se juntem a esse grupo.

Exemplo do que aparece no Facebook quando um post é considerado falso

Mais um exemplo de um post que foi verificado e é falso

  • Em relação às políticas de publicidade, o Facebook decidiu proibir nas listagens de produtos ou e-commerce qualquer relação ao coronavírus, banindo os anúncios que visam criar pânico ou sugerir que os seus produtos garantem uma cura, ou impedem as pessoas de contrair o vírus. Também decidiu proibir temporariamente anúncios que vendem máscaras médicas.
  • A empresa liderada por Mark Zuckerberg também decidiu apoiar os especialistas mundiais de saúde, partilhando com os principais investigadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard e da Universidade Nacional de Tsing Hua, Taiwan, dados anónimos sobre mobilidade globais e mapas de densidade populacional de alta resolução. O objecivo é ajudar os investigadores a constituir os modelos de previsão da propagação do vírus como parte do programa “Facebook Data for Good”. A rede social também está a oferecer apoio e créditos em publicidade às organizações.

A rede social está a encaminhar as pessoas para a Direção-Geral de Saúde

Na passada sexta-feira, Mark Zuckerberg também anunciou uma nova campanha de angariação de fundos de 20 milhões de dólares para apoiar os esforços globais relacionados com a Covid-19. A campanha inclui 10 milhões de dólares para a United Nations Foundation (UNF), a Organização Mundial da Saúde (OMS), e para o recém-criado COVID-19 Solidarity Response Fund; e outros 10 milhões para a organização sem fins lucrativos CDC Foundation, que também vai lançar a sua própria campanha, daqui a umas semanas ,através do Facebook Fundraiser.