Os doentes crónicos que tenham entre 60 e 70 anos são um grupo de risco da Covid-19 — juntam o fator idade ao factor doença — mas se quiserem ficar em casa para se protegerem do vírus têm de pedir baixa médica. O que lhes dá penalizações, já que, ao contrário do que acontece a quem tem mais de 70, não estão integrados no “regime de proteção especial”. O decreto do governo, como noticia o Diário de Notícias, tem aquilo que algumas associações de doentes consideram uma lacuna e deixa este grupo — em particular os que ainda trabalham — à mercê das penalizações decorrentes da baixa.

A presidente da Associação Respira (dedicada a doentes com problemas respiratórios), Isabel Saraiva, alerta em declarações ao jornal que a baixa traz “uma redução no rendimento familiar“, que ainda piora uma situação já de si difícil.

Também em declarações ao Diário de Notícias, o presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, José Manuel Boavida, considera esta uma “lacuna” do decreto e explica que “não é fácil para quem tem 60 ou mais anos e é doente crónico ter de continuar a trabalhar, sobretudo quando percebe que não tem as condições adequadas no seu trabalho ou que não pode fazer teletrabalho”. A associação propôs ao governo a proteção especial a pessoas com mais de 60 anos que sejam diabéticos ou que tenham outras doenças cardiovasculares.

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