As Forças Armadas registaram até ao momento 57 militares infetados com o novo coronavírus, dois dos quais estão curados e outros dois hospitalizados, anunciou esta segunda-feira o ministro da Defesa, numa audição no parlamento.

Os dados sobre o registo de Covid-19 nas Forças Armadas foram avançados pelo ministro João Gomes Cravinho numa audição presencial na comissão parlamentar de Defesa, a requerimento do PS, para esclarecimentos sobre o papel e meios dos militares no combate à pandemia de Covid-19. De acordo com o governante, as Forças Armadas reduziram a sua atividade ao essencial e não se registam casos de infeção nas Forças Nacionais Destacadas, que “estão bem” e com medidas de proteção face à pandemia.

Depois do regresso dos militares que estavam destacados no Iraque, e do Navio Escola Sagres, que está a caminho de Lisboa, o governo mandou regressar alguns militares destacados no estrangeiro em programas de cooperação e está a avaliar esses programas “face à realidade”.

João Gomes Cravinho adiantou que foram destacados cinco oficiais para acompanhar os cinco secretários de Estado que vão coordenar a execução aos níveis local e regional das medidas de combate à pandemia da Covid-19.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Detalhando os apoios já anteriormente anunciados, João Gomes Cravinho frisou que o laboratório militar reorganizou-se para se concentrar na produção de gel desinfetante, quase triplicando a produção o que, disse, “cobre totalmente as necessidades” do Serviço Nacional de Saúde, com 2700 litros por dia.

Por outro lado, o Exército, através da unidade de bioquímica, trabalha em contínuo para o processamento de testes à Covid-19 e, na área do apoio sanitário, o ministro estima que o centro de apoio militar, no antigo hospital de Belém, esteja disponível a partir do dia 13, com capacidade para 120 a 150 camas.

Transporte terrestre de material de proteção, evacuação de lares de idosos, fornecimento de 64 tendas e 2800 camas foram outros dos apoios das Forças Armadas, disse o ministro da Defesa enaltecendo a “notável capacidade de adaptação” das estruturas militares na resposta à pandemia de Covid-19.