O ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, afirmou esta quarta-feira que, quando deixar o governo, irá sair com o Secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, e com o Secretário Executivo da pasta, João Gabbardo, noticia a imprensa brasileira.

“Estamos aqui eu, Wanderson e Gabbardo. Entrámos juntos, estamos juntos e sairemos do ministério juntos“, declarou o ministro, numa conferência de imprensa no Palácio do Planalto. “Vamos trabalhar juntos até ao momento de sairmos juntos do ministério da Saúde.”

Wanderson pediu a demissão esta quarta-feira, mas Mandetta não aceitou o pedido. Já Gabbardo era um dos nomes especulados para ocupar a chefia do ministério.

Bolsonaro tem ignorado as orientações das autoridades de saúde brasileiras, não demonstrando preocupação com a pandemia do novo coronavírus, tendo até pressionado as autoridades locais a abrandar a política de isolamento social. Já Mandetta, que tem contrariado o Presidente brasileiro, é defensor do isolamento social, em linha com as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) para evitar o contágio da doença infeciosa.

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Luiz Henrique Mandetta  alertou ainda que Bolsonaro já está à procura de alguém para o substituir.

O secretário de Vigilância em Saúde do Brasil pede a demissão

O secretário de Vigilância em Saúde do Brasil, Wanderson de Oliveira, pediu esta quarta-feira a demissão no meio do aumento de casos do novo coronavírus.

Oliveira era considerado um quadro técnico, trabalhava no Ministério da Saúde brasileiro há 15 anos e destacou-se no combate a outras epidemias como o vírus zika, que preocupou o governo brasileiro e entidades internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2015, quando foi associado ao nascimento de crianças com microcefalia.

Na terça-feira, o Brasil registou 204 mortes devido ao novo coronavírus e bateu um novo recorde diário, contabilizando 1.532 óbitos e 25.262 infetados desde o início da pandemia.

O país sul-americano registou 204 mortes (mais 99 que na segunda-feira), e 1.832 novos casos de pessoas infetadas (mais 571).