Macau registou uma perda de 99,7% no número de visitantes em abril, quando comparado com igual período do ano passado, informaram esta segunda-feira as autoridades.

“Uma diminuição significativa” em termos anuais, que se traduziu na entrada de apenas 11.041 visitantes, salientou a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) em comunicado. A mesma entidade indicou que há também a registar “uma queda de 94,8%, em termos mensais, dado que as medidas de quarentena à entrada em Macau foram ainda mais reforçadas em finais de março”.

Em abril, o número de turistas (6.383) e de excursionistas (4.658) baixaram mais de 99%, em relação a período homólogo de 2019. Já o período médio de permanência dos visitantes foi de 7,3 dias, “tendo subido notavelmente 6,2 dias”.

Para isso contribuiu decisivamente o aumento do período médio de permanência dos turistas (21,1 dias), em resultado da quarentena obrigatória de 14 dias imposta pelas autoridades. “Contudo, o período médio de permanência dos excursionistas (0,1 dias) diminuiu 0,1 dias”, pode ler-se na mesma nota da DSEC.

O número de visitantes da China continental foi de 10.500 (95,1% do total), tendo baixado 99,6%. A esmagadora maioria entrou por via terrestre, já que as ligações marítimas já se encontravam suspensas, e em todo um mês apenas 61 visitantes chegaram a Macau de avião.

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Em relação aos números do quadrimestre, a DSEC adiantou que entraram em Macau pouco mais de 3,2 milhões de visitantes, menos 76,6% em relação a igual período do ano passado.

Macau foi dos primeiros territórios a identificar casos de infeção com a Covid-19, antes do final de janeiro. O território registou uma primeira vaga de dez casos, a partir janeiro, e outra de 35 a partir de março.

Macau está sem registar novos casos desde 9 de abril. E atualmente não tem qualquer caso ativo, depois do último paciente ter recebido alta hospitalar a 19 de abril.

A nível global, a pandemia de Covid-19 já provocou cerca de 327 mil mortos e infetou quase cinco milhões de pessoas em 196 países e territórios.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados, embora com menos mortes.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.