A vacinação para travar a propagação do vírus ébola começou no noroeste da República Democrática do Congo (RDCongo), onde a décima primeira epidemia, declarada há uma semana, já matou seis pessoas, disse esta segunda-feira o ministro da Saúde.

“Com a ajuda de parceiros, a vacinação começou em Mbandaka na sexta-feira. Como prioridade, vacinámos o pessoal médico, as pessoas que estiveram em contacto direto com os casos confirmados e os contactos de segundo grau”, disse o ministro da Saúde, Eteni Longondo, citado pela agência France-Presse. “Tínhamos 1.500 doses, encomendámos mais 8 mil e talvez façamos outra encomenda de vacinas, porque há uma terrível loucura entre a população de Mbandaka, que quer ser vacinada”, acrescentou.

Eteni Longondo afirmou que, “na cidade de Mbandaka, só até domingo, registaram-se 12 casos: nove confirmados de doença de ébola, três casos prováveis e seis mortes”.

A 11.ª epidemia de ébola na RDCongo foi declarada em 1 de junho em Mbandaka, capital da província de Equateur, que já tinha sido afetada por uma epidemia anterior de ébola entre maio e julho de 2018, com 33 mortes.

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A décima epidemia de ébola ainda está em curso na região do Beni (Kivu do Norte), no Leste. Desde agosto de 2018, registou 2.280 mortes. O fim desta epidemia deverá ser declarado em 25 de junho, após uma contagem decrescente de 42 dias, sem novos casos.

Mais de 300 mil pessoas foram vacinadas no leste da RDCongo, onde foram utilizadas duas doses de vacina não submetida a licenciamento.

Um caso do novo coronavírus, outra epidemia em curso no país, também foi detetado em Mbandaka. “Esta pessoa está de boa saúde”, disse o ministro Longondo.