Tem lançamento marcado para o próximo dia 15 de setembro e, apesar de ainda não ter capa nem título conhecido, o sucessor de Medo – Trump na Casa Branca já está em pré-venda no site da Amazon — e, como seria de se esperar, já está a dar que falar.

Não apenas porque o seu autor é Bob Woodward, o premiado e temido jornalista que revelou o escândalo Watergate e fez tombar Richard Nixon; nem porque se trata da sequela do bestseller que em setembro de 2018 deixou Donald Trump à beira de um ataque de nervos; nem sequer porque vai chegar às livrarias apenas dois meses antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

A obra, em que, diz a CNN, o jornalista está a trabalhar há já 18 meses, está sobretudo a chamar a atenção por contar com a inédita participação de Donald Trump, o mesmo que há dois anos acusou Woodward de publicar “mentiras”, utilizar “fontes falsas” e recorrer a “vigarices” em Medo – Trump na Casa Branca.

“Não é uma vergonha que alguém possa escrever um artigo ou um livro, com histórias totalmente inventadas, e criar uma imagem de uma pessoa que é literalmente o exato oposto, e que consiga safar-se com isso, sem qualquer consequência? Não sei por que é que os políticos de  Washington não mudam as leis sobre difamação?”, escreveu na altura Donald Trump no Twitter.

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“Fui entrevistado por um escritor muito, muito bom, um repórter. Posso dizer que foi o Bob Woodward. Disse-me que estava a fazer uma coisa e desta vez eu disse, ‘talvez aceite sentar-me'”, revelou o presidente americano, em entrevista à Fox News, a propósito do livro ainda sem nome.

O risco de prisão, as reuniões secretas e a necessidade de ocultar documentos de Trump contadas pelo homem que derrubou Nixon

Para além de o ter descrito como um presidente instável, irascível, mentiroso e pouco informado, em Medo – Trump na Casa Branca, Bob Woodward revelou uma série de conversas e o conteúdo de várias reuniões, algumas secretas e confidenciais, que Donald Trump manteve com o seu pessoal mais próximo. Em tempo de pandemia e convulsão social e económica nos Estados Unidos, e a poucos meses das eleições presidenciais, a fasquia para o tomo seguinte, está bastante elevada.