Tardes ao sul de Lisboa

Ponto de Encontro: Cais do Sodré (estação fluvial junto às bilheteiras da Transtejo). Sexta, 14h00-17h00. Entrada: 10 euros (inclui entrada no Museu Naval e Museu Medieval, mas deve trazer o seu passe Navegante). Limite de 9 participantes.

Para explorar a outra margem. Primeiro, a tradicional travessia do Tejo num cacilheiro, depois o passeio a pé com vista para Lisboa. Os percursos da Lisboa Autêntica levam-no ao Cais do Ginjal, um dos pontos de partida já na outra margem do rio, para começar a cruzar vestígios de arqueologia industrial, entre fábricas de conserva e tanoarias, e outras memórias de pesca saídas do século XX — de resto, a antiga sede da Companhia Portuguesa de Pescas, hoje Museu Naval, é a paragem seguinte. O roteiro inclui ainda o Jardim da Fonte da Pipa, a Casa da Cerca, um palacete do século XVII, recuperado e atual Centro de Arte Contemporânea, e ainda em Almada Velha
a Igreja de São Tiago e o Museu Medieval. O regresso a Lisboa não se faz sem visita à Igreja da Nossa Senhora do Bom Sucesso, padroeira dos navegantes, e passagem pela Fragata Dom Fernando II e Glória. Traga a sua máscara que a Lisboa Autêntica oferece o desinfetante.

© Tiago Petinga/LUSA

Regresso do Elemento

Rua do Almada 51, Porto. Quarta a sábado (jantares). reservas@elementoporto.com. Tel: 224 928 193

Para aumentar a temperatura. Não esteve a passar pelas brasas durante o confinamento, e agora reabre portas com chama redobrada. Ricardo Dias Ferreira é o chef e proprietário que em 2019, depois da temporada na Austrália, regressou ao Porto com o seu Elemento, para mostrar como todos os pratos podem ser confecionados com lenha, caruma ou brasa, método de confeção que dispensa apoios da cozinha industrial ou tecnológica. Uma experiência de fire dining (isso mesmo, de fogo) que está disponível de novo desde esta quarta-feira. O Elemento oferece duas áreas de estar, o balcão “ Chefs Table” com lugares sentados em frente à cozinha, agora em versão reduzida mas com a mesma vista para as altas temperaturas, e uma sala minimalista com mesas que garantem maior privacidade e o necessário distanciamento social. Apesar de algumas novidades na carta, o Menu de Degustação Invicta mantém-se (9 momentos por 70 euros / pessoa e complemento de harmonização de vinhos 40 euros/ pessoa. Há ainda Menu à Carta com preço médio por pessoa entre os 20 e os 40 euros.

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© Elemento

Brigada Antivírus

Museu da Farmácia Lisboa e Porto. Sábados, 15h00. Público-alvo: M/5 anos (acompanhados por um adulto). Entrada: 5 euros. Necessária pré-inscrição através do email museudafarmacia@anf.pt

Para aprender boas práticas desde pequenino. Seja em Lisboa ou no Porto, o Museu da Farmácia tem a receita certa para uma pitada de lazer e pedagogia em simultâneo. O atelier “Brigada Antivírus” é feito por medida para crianças a partir dos cinco anos, sobre a importância de terem as mãos bem lavadas para se protegerem dos vírus, aprendendo como se transmitem, conhecendo as formas de evitar a contaminação por microrganismos e compreendendo a razão pela qual devemos cobrir a boca e o nariz quando espirramos ou tossimos. A experiência não termina sem uma aula prática: os pequenos cientistas vão fabricar o seu próprio álcool gel, que podem levar para casa.

© Melissa Vieira/OBSERVADOR

Mercado do Livro

Palácio da Bolsa, Porto. Até 5 de julho. Todos os dias, as 10h00 às 19h00. Entrada livre.

Para repor o stock de livros novos. As tradicionais feiras do livro, na capital ou mais a norte, viram os seus programas adiados para o final de agosto mas não é preciso esperar uns meses para fazer o gosto aos volumes. Até 5 de julho, o Palácio da Bolsa, na Invicta, recebe mais de 6500 títulos com o selo de mais de 50 editoras nacionais e estrangeiras (e com direito a promoções em livros editados há mais de 18 meses). Este Mercado do Livro é uma iniciativa da Calendário de Letras, com o apoio da Associação Comercial do Porto e da Metro do Porto, que arranca já esta quinta-feira e tem entrada livre.

© DR

Arroz Sunday Street Market

Arroz Estúdios, Avenida da Manutenção, Lisboa. Domingo, 12h00-18h00. Entrada livre.

Para bons achados na zona oriental de Lisboa. Os Domingos no Arroz estão de volta e agora a acontecem no pátio exterior do Arroz Estúdios, no Beato, com as devidas adaptações ao contexto Covid-19. O Street Market é uma montra para o trabalho dos residentes e de outros artistas emergentes. Conte com mercado de arte e artesanato, mercado de fruta e vegetais, workshops, performances artísticas e musicais, e ainda pizza em forno de lenha e comida vegetariana A entrada é livre mas deve levantar o bilhete aqui: E se quiser contribuir, escreva para lisboa@materiacrua.org.

© Arroz Estudio

Regresso ao Futuro

Diferentes teatros municipais pelo país. Sábado, 21h30. Entrada: 10 euros (à venda nos locais habituais e nas bilheteiras dos teatros)

Para uma barrigada de música. A pandemia impôs o silêncio, pelo menos nos auditórios e palcos espalhados pelo país. Dia 20, sábado, a magia do som volta aos teatros municipais de norte a sol, com uma série de concertos de artistas portugueses à mesma hora. Pelo São Jorge, em Lisboa, por exemplo, passa Samuel Úria, a partir das 21h30, para um dos espectáculos com carácter também ele solidário — as receitas de bilheteira revertem para o Fundo de Solidariedade para a Cultura, criado pela Audiogest (associação que representa produtores musicais) e GDA (Gestão dos Direitos dos Artistas), destinado a todos os profissionais dos setores das artes. O público é ainda convidado a levar alimentos não perecíveis para entrega nos Teatros, que serão recolhidos e distribuídos pela União Audiovisual junto dos profissionais do setor.

© João Porfírio/OBSERVADOR

Segredos da Igreja de Santa Catarina

Calçada do Combro, Lisboa. Sábado, 10h30-12h30. 15 euros (Inclui seguro e equipamento de proteção individual, máscaras cirúrgicas e gel desinfetante). Inscrições apenas através do email reservas@atlantetours.pt.

Para apreciar uma joia do barroco português. Desça o Combro (ou suba, consoante a resistência das suas pernas e o seu fôlego) e ao longo de um trajeto guiado desvende a história da Paróquia de Santa Catarina, instalada desde o Terramoto de 1755 e a extinção das ordens Religiosas na antiga igreja de São Paulo da Serra d’Ossa, mandada construir no séc. XVII pelo Rei D. Pedro II. Não será spoiler recordá-lo que o edifício resistiu ao histórico abalo sísmico, motivo de interesse extra, e que vale a pena demorar os olhos na enorme capela-mor, toda ela forrada a talha dourada, o maior exemplar do género da cidade de Lisboa. Destaque ainda para as obras dos pintores André Gonçalves e Vieira Lusitano e para o órgão de tubos. Increva-se indicando nome, data de nascimento e contacto das pessoas a inscrever. As vagas são preenchidas mediante a receção do comprovativo de pagamento, algo que só deve fazer depois de confirmar disponibilidade.

© DR

João Salcedo – Improvisos sobre Improvisos

Casa da Música, Porto. Sexta, 21h30. Entrada livre.

Para rever o que saiu da quarentena. Diariamente, ao longo do período de confinamento, o pianista João Salcedo foi partilhando vídeos. O resultado é um conjunto de 51 improvisos a partir de sua casa, algo que se materializou sob o mote. “Um improviso por dia. A primeira coisa que sair. Estamos em casa, mas estamos juntos!”. Quem acompanhou os desabafos com as teclas, entre momento de conforto e desconforto, assistiu à recuperação de um pulso partido (Fingerstyle Minimal Indicacoiso), às aparições da filha (O Último Acorde Dá a Maria) e agora é tempo de resgatar o melhor que ficou deste tempo atípico, num apanhado de gravações e apresentação de novas ideias em palco.

© Facebook João Salcedo

“Nunca mais é sábado” é uma rubrica que reúne as melhores sugestões para aproveitar o fim de semana.