A morte esta semana de um jovem negro em Havana, alegadamente por disparos da polícia e em circunstâncias pouco claras, está a chocar os cubanos, enquanto as autoridades de Cuba e os órgãos de comunicação estatais continuam silenciosas sobre o incidente.

A morte do jovem, que ocorreu no bairro de Guanaboca, nos arredores de Havana, foi divulgada pelos familiares através da rede social Facebook, que publicaram uma fotografia da vítima, rosto do cadáver e alguns detalhes do que aconteceu.

O jovem morto, identificado como Hansel Ernesto Hernández Galiano, tinha 26 anos e foi alegadamente morto ao tentar fugir da polícia, que efetuou vários disparos, embora se desconheça mais detalhes sobre o que realmente aconteceu.

A família garante que o jovem não estava armado.

A agência espanhola EFE escreve que incidentes deste tipo são raros em Cuba, onde os regulamentos da ação policial proíbem estritamente os policias de usarem armas de fogo, exceto em casos excecionais, como o risco de integridade física.

A falta de explicações oficiais está a alimentar a indignação e muitos cubanos começaram na sexta-feira a organizar, através das redes sociais, uma manifestação para a próxima terça-feira.

No entanto, em Cuba as manifestações necessitam obrigatoriamente de uma autorização das autoridades e os protestos independentes da sociedade civil raramente são permitidos.

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