A Rússia anunciou esta quinta-feira que os ensaios clínicos em humanos de uma potencial vacina para o novo coronavírus deverão estar concluídos no fim do mês.

Os testes, feitos pelo Ministério da Defesa e pelo centro de investigação em epidemiologia e microbiologia Nikolai Gamaleia, começaram em meados de junho num hospital militar de Moscovo com um grupo de voluntários militares e civis.

O primeiro grupo de 18 voluntários “concluiu a sua participação e já saiu do hospital”, depois de 28 dias, afirmou esta quinta-feira o Ministério da Defesa russo em comunicado. “A sua imunidade está boa, os anticorpos estão a formar-se”, afirmou a médica Svetlana Voltchikhina, uma das responsáveis clínicas pelos ensaios.

A médica acrescentou que os voluntários “estão protegidos contra o coronavírus”. No entanto, após 28 dias de vigilância e sem os voluntários terem sido expostos ao vírus não é possível fazer essa afirmação. Só na fase II e III dos ensaios clínicos — sobre as quais o Instituto Gamaleya ainda não forneceu dados — é que poderá avaliar a capacidade da vacina proteger contra o vírus.

O principal objetivo da sua participação foi verificar a segurança da vacina e a tolerância do organismo humano aos seus componentes. Durante os testes, as funções vitais dos voluntários estiveram “dentro dos limites normais”, sem nenhum dano colateral grave ou complicações, assegura a mesma fonte.

Um segundo grupo de 20 voluntários, que foi inoculado a 23 de junho, está em isolamento e sob vigilância médica no hospital.

Corrigido título e acrescentada informação sobre a possibilidade de os voluntários estarem protegidos (17h30).

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