A Repsol registou prejuízos de 2.484 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, contra um lucro de 1.133 milhões no período homólogo, o que se deveu à quebra da procura e dos preços do petróleo.

A diminuição da procura mundial de petróleo e a queda dos preços do crude e gás, devido à pandemia da Covid-19, levaram ao ajustamento do valor dos inventários e dos ativos de produção para os 2.673 milhões de euros, refere o gigante petrolífero em comunicado enviado ao supervisor do mercado espanhol.

Nos primeiros três meses do ano, a Repsol teve um prejuízo de 487 milhões de euros, situação que se agravou no segundo trimestre com o avançar da pandemia Covid-19 e com a paralisação da economia, com prejuízos de 1.997 milhões de euros, que compara com um lucro de 525 milhões de euros no segundo trimestre de 2019.

Não obstante, a Repsol realçou que, apesar da situação sem precedentes vivida em todo o mundo, fechou o primeiro semestre com um resultado líquido ajustado, que mede o desempenho real do negócio, positivo em 189 milhões de euros, contra os 1.115 milhões de euros entre janeiro e junho de 2019.

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Ao mesmo tempo, a Repsol refere que manteve a previsão para o dividendo e que não fez qualquer layoff na empresa. Para a Repsol, sobretudo no segundo trimestre do exercício, em que a procura mundial registou “o maior colapso da história”, a situação foi “muito difícil”.

No primeiro semestre, o volume de negócios ascendeu a 26.301 milhões de euros, menos 33,4%, enquanto o resultado operacional bruto (EBITDA) caiu 84,1%, para 589 milhões de euros.

Em termos ajustados, a queda do EBITDA (lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) foi de 42,1%, para 2.096 milhões, no período em análise.

O presidente executivo da companhia, Josu Jon Imaz, afirmou que a companhia está “a cumprir os objetivos do Plano de Resiliência 2020 […]. Mesmo com um cenário tão desafiador e com os preços de matérias-primas deprimidos e com a baixa procura registada no segundo trimestre, a Repsol conseguiu obter um fluxo de caixa operacional positivo neste período”.

O plano inclui entre os objetivos que a dívida líquida não aumente este ano. “Graças às medidas tomadas, a Repsol conseguiu reduzir a dívida líquida no último trimestre para 3.987 milhões de euros, quase 500 milhões menos que em 31 de março último”, refere

Além disso, tem uma “liquidez confortável” de 9.762 milhões de euros, que cobre 2,43 vezes o que há a vencer no curto prazo.